Neste episódio
Tília (Ana Bola) a caminho do salão choca com Frésia (Paula Neves) que lhe diz que está com pressa porque Tavares (Almeno Gonçalves) está doente. Tília responde-lhe irónica.
Sergei (Pedro Diogo) com uma enorme ressaca tenta esquivar-se das perguntas de Violeta (Sofia Grillo), que o questiona sobre os cartões de crédito bloqueados.
Frésia serve o caldo de sopa de legumes, deixando Tavares irritado com tanto cuidado, pois só queria um pão.
Tília insiste que quer que Violeta lhe pinta o cabelo, mas Magnólia (Francisca Ribeiro) diz que ela não vem e acha que a madrinha não confia nela. Explica que a mãe está com uma crise existencial e Tília fica preocupada.
Tavares a custo começa a comer a sopa mas logo a cospe e recusa-se a comer. Devolve o tacho a Frésia e expulsa-a de casa, dizendo que nunca mais lhe faça nada de comer.
Tília e Magnólia comentam a crise existencial de toda a rua. Magnólia insiste para que Tília lhe confie o cabelo, esta responde que o talento dela é outro.
Estrelícia (Patrícia Tavares) toma o pequeno-almoço sozinha quando chega Eduardo (André Nunes). Discutem ela ter dado comida aos gatos porque eles estavam esfomeados. Estrelícia afirma estar farta dos mistérios dele e que fale de uma vez por todas. Eduardo vira a conversa para os gatos, e reage de forma exagerada para se esquivar às perguntas.
Margarida (Joana Coelho) prepara a mesa para a gravação do seu podcast, comentando o mesmo para um grupo de raparigas, quando chega César (Gilmário Vemba). Este tenta lançar charme para Margarida que por sua vez o tenta despachar dali.
Fábio (David Carreira) encontra o pai de pijama e comenta que agora está sempre mal de saúde. Tavares conta-lhe que comeu uma sopa feita por Frésia e que ela está a tentar dar cabo dele para ter desconto na renda.
Violeta chega ao salão com Flor atrás a debitar sobre novas tendências de cabelos e manda Magnólia atender Flor porque já não a pode ouvir.
Angélica (Mafalda Tavares) e Flora (Susana Blazer) estão sentadas a beber café quando Sergei passa e faz sinal a Angélica que está na hora de ir trabalhar. Esta desabafa com a amiga o quão cansada está do patrão e que quer contar-lhe um segredo.
Sobre «Rua das Flores»
Tília não impinge o seu trabalho a ninguém, no entanto, todos naquela rua a procuram, embora ninguém o admita. Por vergonha, mas também por ninguém querer acreditar verdadeiramente nas profecias de Tília... que, em boa verdade, acabam sempre por se concretizar. E é justamente no concretizar de uma dessas profecias que começa a nossa história.
Todavia, a Rua das Flores é muito mais que dona Tília. É uma rua também invulgar, por numa das pontas estar a ser construído um prédio, que fará daquela rua uma rua sem saída. E se aquela população já tinha guerras de sobra por cada um dos lados da rua pertencer a freguesias diferentes, agora terão um conflito ainda maior: é que a rua vai passar a ser um beco, derivado a uma construção em que ninguém conhece o dono.
Na Rua das Flores não há dia em que as confusões não sejam mais do que muitas, o que vai piorar quando descobrirem que desapareceu o caderno onde Tília apontava todas as suas previsões. Ou seja, está lançado o pânico da Rua das Flores! É que se o caderno desapareceu, alguém o tem. E esse alguém passará a saber tudo sobre toda a gente. E não existe por ali, quem não tenha segredos a esconder... segredos esses que vão começar a ser espalhados pela Rua, sem revelar de quem são. E todos os habitantes passam a desconfiar uns dos outros.