Neste episódio
José Diogo está chateado por Hector o ter distraído e ter deixado Manuel fugir. Hector, sonso, diz que Manuel podia ter uma arma, ou José Diogo podia ter sido atropelado. Mariana volta a sugerir que Sofia faça queixa e disponibiliza-se para ir com ela. Hector sugere que Sofia tenha uma arma, mas José Diogo acha demasiado. Hector manda Sofia trabalhar e diz que já vai falar com ela.
Anita está preocupada com o que aconteceu. Hector explica que o ex-marido de Sofia apareceu ali e discutiram, mas não aconteceu nada de grave e Sofia já voltou ao trabalho. Anita não quer que aquilo volte a acontecer e Hector promete contratar uma empresa de segurança.
Hector entra no seu gabinete onde já está Manuel à sua espera com uma pasta com documentos. Hector dá um estalo a Manuel e avisa-o para não voltar a fazer asneira. Manuel entrega a pasta com as informações sobre Virgílio, a Hector e ele começa a folheá-la, muito interessado. Hector pergunta se aquilo é tudo verdade e fica muito interessado.
Anita vai ter com Sofia, verdadeiramente preocupada, e diz que também falhou, ao não conseguir protegê-la. Anita diz-lhe que tem sido muito corajosa e ainda vai ser muito feliz. Anita pergunta-lhe o nome do ex-marido e Anita diz logo que é igual ao nome do funcionário da receção. Sofia agradece o apoio, recebe uma mensagem de Hector e pergunta se pode fazer uma pausa.
Hector estende uma arma a Sofia e diz-lhe que a partir de agora vai andar com ela. Sofia tem medo e não sabe manusear uma arma. Hector diz-lhe que um dia destes vai ter com Mariana e contar-lhe que voltou a ser atacada e que só não ficou magoada porque usou a arma. Mariana vai protegê-la e abrir-lhe a porta de casa. Hector goza com Sofia por sonhar ser advogada.
Irene queima sálvia na cozinha e Benedita diz-lhe que não pode fazer aquilo porque os sensores de fumo vão disparar. Mariana chega e fica surpreendida por ver Irene ali. Ela diz que veio ajudar. Benedita diz-lhe que não precisam de empregadas ou cozinheiras, mas Irene quer ajudar no campo espiritual. Mariana brinca e diz que Irene é bruxa.
Jorge está enervado a falar com Clarice ao telemóvel. Mariana aparece com Irene e diz-lhe que Jorge é o demónio do namorado da mãe. Jorge vai embora apressado e Mariana vai atrás dele. Irene olha para Jorge e diz que o demónio não é ele. Jorge conduz em direção à casa de Clarice. A condução é errática e acelerada. Está tão focado na estrada, que não repara que Mariana o segue. Mariana quer descobrir onde ele vai tão nervoso.
Jorge chega a casa e encontra Clarice vestida de forma sedutora. Jorge diz que não vai acontecer nada, enquanto ela não desistir da ideia do casamento. Clarice insiste para que Jorge se case com Laura e herde de uma vez por todas algumas coisas que se veja. Clarice diz estar farta de esperar que Jorge consiga alguma coisa. Ele lembra que a tem sustentado e que não tem tido uma vida assim tão má. Tocam à campainha e Clarice fica em pânico ao ver que é Mariana.
Clarice manda Jorge para o quarto e abre a porta. Mariana pergunta a Clarice se conhece Jorge e diz que o viu entrar ali em casa. Clarice confirma que o conhece e que ele veio entregar uns papeis para o seu patrão, relacionados com a venda de café. Mariana acredita, mas depois tem impressão de conhecer Clarice. Ela diz que é impossível porque se mudou há pouco tempo. Clarice ficou nervosa com aquela visita.
Mariana está de volta do fogão. Laura entra com Hector e diz que quando Mariana está na cozinha, o mundo pode cair que ela não dá conta. Laura avisa que Hector janta com eles. Hector fica surpreendido com a presença de Irene. Mariana diz que ela fica uns dias e que José Diogo não se opôs.
José Diogo observa as imagens das câmaras de vigilância e não gosta que Hector ande por ali. Vê Hector a observar o corpo de Mariana e fica furioso.
Irene continua a ajudar Benedita a pôr a mesa quando Virgílio chega. Irene deixa cair um prato quando vê Virgílio. Benedita apresenta-os e diz a Irene que Virgílio é uma pessoa maravilhosa, mas Irene parece não sentir o mesmo.
Paz ajuda Margarida a levantar a mesa e conversa com ela sobre Leandro achar que é burro. Margarida tenta perceber por que motivo ele sente isso. Ouve-se a porta a abrir e Rui aparece. Paz corre para ele em êxtase. Margarida fica em choque.
Estão todos a jantar e dão os parabéns a Mariana. Benedita pergunta a Hector como estão a correr os negócios e ele diz que muito bem, olhando para Virgílio. Hector está confiante de que Mariana vai ganhar o prémio de gastronomia, mas ela diz que ainda não está pronta. Jorge olha para ela.
Virgílio despacha a encomenda de Hector. Laura aparece e quase o apanha, mas Virgílio improvisa e ela acredita. Virgílio avisa Hector que a encomenda está a caminho, mas a próxima terá de ser à noite.
Virgílio pergunta a Laura se já aprovou as férias dos funcionários e ela diz que se esqueceu. Virgílio pergunta-lhe se tomou a medicação e Laura confessa que também se esqueceu. Virgílio dá-lhe um copo com água onde colocou a prata coloidal e Laura toma a medicação.
Laura aprova as férias dos funcionários, enquanto Margarida desabafa com ela como se sente ansiosa na presença de Rui. Laura diz que esse não deveria ser o sentimento que o homem que está ao seu lado lhe deveria transmitir, mas sim calma e felicidade como Jorge lhe transmite a ela. Margarida sorri triste.
José Diogo e Nuno treinam. Gonçalo aparece desanimado e diz que tem tentado todos os dias ir falar com o rapaz a quem bateu, mas nunca consegue. José Diogo começa a despir o kimono e diz que vai com ele. Gonçalo olha-o surpreendido. Já na rua, José Diogo encoraja Gonçalo a falar com Duarte e não o deixa recuar.
Gonçalo aproxima-se de Duarte, mas este assim que o vê fica cheio de raiva. Gonçalo diz que só queria pedir-lhe desculpa, mas Duarte não quer conversas com ele. Gonçalo fica em choque. José Diogo sente-se culpado e quer levar o irmão dali.
Sobre «A Protegida»
No coração do interior alentejano, Mariana e José Diogo são duas crianças cujos contextos não podiam ser mais diferentes: ela é fruto de uma relação carinhosa; ele, órfão. Ela tem na família, um porto seguro para onde correr quando se magoa; ele só pode correr para ela. Cruzam-se por um inevitável querer do destino: ele está constantemente a fugir do orfanato que faz fronteira com o palacete da avó dela. Por muito que as regras os tentem separar, as duas crianças orbitam uma em torno da outra com uma força que ninguém consegue explicar ou parar. Complementam-se. José Diogo nunca conheceu um amor como aquele, tão incondicional. Mariana fá-lo rir, é carinhosa com ele, parecem falar uma língua só deles e, muitas vezes, têm a certeza de conseguir adivinhar os pensamentos do outro.
Seja qual for a matéria de que são feitas as almas, as de Mariana e José Diogo são a mesma.
Os dias que passam juntos voam, as horas separados arrastam-se. Os dois correm pelos campos de oliveiras de Vale do Rio, assustam-se no Forte da Graça em Elvas e imaginam o passado no Castelo. A terra que se dá a quem a ama é palco de um amor infantil, secreto e que marcará a vida de ambos para sempre. Benedita, a avó e matriarca da família de Mariana, é a primeira a perceber a conexão entre os dois. Envolve-os em carinho e em comida. À volta de Mariana e José Diogo há um constante cheiro a amor e receitas que têm como único objetivo colorir os dias das crianças, que se entorpecem num afeto com sabor à tradição alentejana.
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