Neste episódio
Arnaldo (João Lagarto) pede para reforçar a segurança no escritório, pois é provável que o pessoal do bairro o venha enfrentar.
Fanã (Salvador Nery) decide seguir Rute (Ana Guiomar) e Sandro (Miguel Bogalho) aconselha-o a virar a página e a concentrar-se na aposta.
Eça (Nuno Pardal) acha que Zeca (Graciano Dias) devia contar às irmãs que vai casar com uma mulher rica, até porque toda a gente já percebeu que ele agora tem dinheiro.
Filomena (Sofia Nicholson) fica chocada ao saber que os capangas de Arnaldo foram novamente ao bairro e Sandro concorda que os despejos vão mesmo avançar, mas estão a organizar-se para dar luta.
Estela (Isabel Figueira) comenta com Célia (Sofia Ribeiro) que o marido de Ema (Ana Varela) não parava de olhar para ela e pede à irmã para não deixar que a raiva que sente pela mãe de Zequinha a leve a fazer coisas que não deve.
Rute conta a Constança (Filipa Pinto) que o cliente quer estar com ela a semana toda, mas precisa de alguém para a substituir no restaurante.
Raul (Sérgio Praia) tenta perceber como é que Célia é igual a Madalena e Peter (Joaquim Nicolau) indica que não há a mínima hipótese de serem a mesma pessoa.
Gabriel (Ricardo Carriço) está reunido com os seus assessores, quando recebe uma chamada de Emília (Dina Félix da Costa) e combina um encontro com ela.
Ema diz que precisa da ajuda de Emília para organizar a festa de aniversário de Joana (Catarina Rebelo) e confessa que sente que ela é sua filha.
Joana conta a Luís (Diogo Branco) que vai viver em casa de Ema. O filho de Vanda (Fernanda Serrano) pergunta-lhe se não tinham combinado ir morar juntos, mas a jovem do Faial diz-lhe que era a fingir, só para ficar em Lisboa.
Vanda despacha Luís e Joana para o quarto e recebe Hélder.
Arnaldo fica incrédulo por Evelina (Susana Arrais) aparecer no seu escritório e manda-a entrar imediatamente. Evelina admite que tem sido injusta com ele e considera dar-lhe uma oportunidade.
Vanda não quer acreditar que Zeca também convenceu Hélder de que é inocente, mas ele indica que prefere dar-lhe o benefício da dúvida e descobrir o verdadeiro assassino.
Emília diz a Ema que a ajuda com a lista de convidados e chama Zeca, para que ela esclareça a questão do casamento.
A mulher de Raul pergunta diretamente a Zeca se vai casar e ele justifica que não se trata de um casamento normal e que não ama a noiva. Ema pergunta-lhe porque motivo vai casar então, deixando-o sem resposta.
Vanda recusa-se a acreditar que Zeca seja inocente. Hélder tenta mostrar que as coisas nem sempre são o que parecem e que Zeca não tem motivo para mentir, quando já cumpriu a pena.
Zeca tenta explicar a Ema que vai casar porque precisa e que nunca a quis magoar. Ema não entende e sai muito magoada e a chorar.
Vanda começa a pôr a hipótese do Goulart ser mesmo inocente e pensa numa forma de encontrar o verdadeiro culpado.
Arnaldo ainda está incrédulo com a visita de Evelina. Esta diz-lhe que ficou sensibilizada com a generosidade dele e indica que está disposta a dar-lhe acesso ao seu próximo livro em primeira-mão, desde que ele faça uma boa encomenda.
Zeca conta a Eça (Nuno Pardal) que Ema ficou a achar que ele ia a casar só para a magoar e pergunta a Emília se foi ela que falou do seu casamento à ex-namorada. A empregada de Vanda nega e pergunta-lhe se o casamento está relacionado com os cem mil euros que deu a Vanda para sair da prisão.
Estela conta que Célia vai trabalhar e morar em casa de Ema. Rute estranha e pergunta-lhe se quer ir uns dias para o restaurante.
Maria Helena (Maria Emília Correia) está entusiasmada com o novo projeto e Diana (Matilde Reymão) fica surpreendida com as ideias da bisavó. A mãe de Peter convida Fred para trabalhar com elas.
Zeca tenta disfarçar, mas acaba por revelar que está milionário e Emília quer saber como é que isso aconteceu.
Estela aceita a proposta de Rute para a substituir no restaurante e Constança fica com inveja da tia, por saber que vai ganhar muito dinheiro.
Emília continua a espremer Zeca e ele conta que a noiva é rica e faz questão de partilhar tudo com ele.
Sobre «Amar Demais»
Há quem esteja disposto a dar a vida, ou o seu tempo de vida, para salvar alguém, por amar mais... É assim Zeca, o protagonista. Uma pessoa dotada de valores, com um enorme sentido de justiça, que nem sempre escolhe o caminho provável para ajudar quem ama, mas que nunca tem dúvidas sobre o que é prioritário: proteger os seus. É isso que o leva à prisão, quando aceita dar-se como culpado por um crime que não cometeu em nome de outrem para salvar a vida da sua mãe.
Por a amar demais, Zeca abdica da sua própria liberdade, e do amor que Ema sente por ele. E quando percebe que foi enganado e que o seu sacrifício foi em vão, em vez de se revoltar, é resiliente. E prepara-se para o que será́ o dia do grande embate: o momento em que vai poder fazer justiça por tudo o que passou.
Zeca fica preso durante mais de 15 anos, mas quando sai está determinado a descobrir quem foram as pessoas que o traíram. Quer fazer justiça pelos anos perdidos, mas quer também provar a sua inocência. Quer ter o direito de recomeçar de novo, com a ficha limpa. E se para isso tiver de fazer algo que não deve no caminho, tudo bem: a pena já a cumpriu por antecipação.
Um homem que sabe bem o que quer, sem que isso o torne calculista, frio ou incapaz de sentir ou amar... Talvez isso seja o seu lado feminino a manifestar-se, fruto de ter crescido com uma mãe e quatro irmãs. Afinal, não dizem que as mulheres são feitas para aguentar todo o tipo de provações? Zeca é uma versão de calças destas mulheres lutadoras. O filho que se sacrifica pela mãe. O irmão protetor. O homem que pela mulher que ama roda o mundo. O pai que pela filha se descobre um novo homem, capaz da força de um leão.
Zeca é um hino às mulheres que o educaram, porque o mundo em que vivemos pode ser considerado ainda dos homens, mas é do ventre das mulheres que eles nascem, são elas quem os educam, são a sua maior influência. O que mostra que na realidade o mundo está nas mãos das mulheres, a quem compete fazer dos seus filhos: homens tolerantes, homens amorosos que as amem e respeitem acima de tudo, que as tratem como iguais
