Neste episódio
Zeca (Graciano Dias) está aflito por Carolina (Joana Manuel) ter ouvido a sua conversa com Preto (Vítor Norte) e pede-lhe para não contar aquilo a ninguém. Carolina exige compreender melhor aquela história e fica indignada por ele ter levado um assassino para sua casa.
Joana (Catarina Rebelo) e Estela (Isabel Figueira) estranham que Célia (Sofia Ribeiro) tenha decidido ir para o Faial de repente, e Joana põe a hipótese de terem enganado os avós e de lhes terem dito que uma das bebés tinha morrido.
Diana (Matilde Reymão) está decidida a levar o seu plano avante e começa a pensar o que precisa.
Sandro (Miguel Bogalho) e Fanã (Salvador Nery) pedem uma cerveja e Diana diz-lhes que podem beber à borla se ficarem ali a tomar conta do restaurante um bocadinho.
Santos Costa (Ricardo Castro) atende uma chamada de Midas (João Manuel Vieira) que lhe confirma que Preto saiu da prisão, mas não conseguiu o contacto dele.
Gisela (Carla Vasconcelos) e Santos Costa combinam almoçar, estão quase a beijar-se quando Sandro mete conversa e a magia perde-se. Santos Costa estranha não estar ninguém do restaurante a trabalhar. Gisela conta-lhe que estão metidos numa enrascada, pois o homem que matou os pais de Diana, saiu da prisão e ela agora quer vingar-se.
Carolina está embasbacada com a história que Zeca lhe contou sobre os diamantes e sobre ter de matar Peter para retribuir o favor. Carolina pergunta-lhe o que vai fazer e Zeca diz que vai ter de arranjar maneira de fazer Preto desaparecer.
Gisela confessa a Santos Costa que tem medo que Zeca esteja metido nalguma confusão, pois pela manhã pediu-lhe para tirar as irmãs de casa porque ia receber uma pessoa.
Carolina acha inconcebível que Preto queira obrigar Zeca a matar Peter e indica que o têm de enviar para a cadeia novamente, mas Zeca diz que isso não resolve nada, pois ele manda-o matar.
Gisela está aliviada por ter desabafado com Santos Costa e conta-lhe que as irmãs já sabem que eles namoram. Diana chega e Santos Costa apresenta Gisela como sua namorada. Diana conta que descobriu onde está Preto, que saiu da prisão para um hotel de luxo.
Carolina acha que Zeca está a exagerar ao achar que Preto o vai matar, mas ele explica que não, pois ele era o preso mais temido da prisão. Carolina fica abalada e abraça Zeca. Ema (Ana Varela) entra nesse momento e fica sem saber o que dizer.
Eça (Nuno Pardal) e Ulisses (Nuno Homem de Sá) estão satisfeitos com o bilhete que escreveram e estão convictos de que quando enviarem a localização de Preto, Peter aparecerá.
Ema pede desculpa por ter interrompido um momento tão íntimo e vai embora chateada. Carolina promete ajudar Zeca e sugere que ele diga a Ema que a estava a abraça-la porque receberam um exame de saúde de Antonieta (Lia Gama). Carolina liga a Vanda (Fernanda Serrano), a informar que arranjou um sarilho entre Ema e Zeca sem querer e que, agora, não sabe o que fazer.
Santos Costa está espantado com tudo o que Diana lhe conta e indica que tem de ir embora. Diana pesquisa sobre a quantidade de cloreto de potássio necessária para matar uma pessoa.
Raul atende uma chamada de Célia, mas julga ser de Madalena (Sofia Ribeiro).
Santos Costa liga a Midas (João Manuel Vieira) e pede-lhe ajuda para conseguir abrir uma porta automática.
Eça e Ulisses vão ao restaurante do bairro e pensam no melhor local para deixarem o bilhete, de forma a ser visto pelas pessoas certas.
Raul estranha que Madalena tenha mudado de ideias e combinam encontrar-se em sua casa.
Emília (Dina Félix da Costa) comenta com Olga (Helena Costa) que viu David (Rodrigo Soares) no bairro e que ele mal lhe falou. Olga indica-lhe que ela não devia perder mais tempo com ele.
Vanda fala ao telemóvel com Carolina e esta conta-lhe que Ema a apanhou abraçada a Zeca. Vanda aproveita para lançar a intriga, diz-lhe que não sabe se Ema merece Zeca e aconselha-a a lutar pelo seu marido.
Sobre «Amar Demais»
Quem nunca amou demais? Para todas as mulheres que lutam e tanto se sacrificam para educar bem os seus filhos. Para fazer deles pessoas à sua imagem, homens de bem.
Há quem esteja disposto a dar a vida, ou o seu tempo de vida, para salvar alguém, por amar mais... É assim Zeca, o protagonista. Uma pessoa dotada de valores, com um enorme sentido de justiça, que nem sempre escolhe o caminho provável para ajudar quem ama, mas que nunca tem dúvidas sobre o que é prioritário: proteger os seus. É isso que o leva à prisão, quando aceita dar-se como culpado por um crime que não cometeu em nome de outrem para salvar a vida da sua mãe.
Por a amar demais, Zeca abdica da sua própria liberdade, e do amor que Ema sente por ele. E quando percebe que foi enganado e que o seu sacrifício foi em vão, em vez de se revoltar, é resiliente. E prepara-se para o que será́ o dia do grande embate: o momento em que vai poder fazer justiça por tudo o que passou.
Zeca fica preso durante mais de 15 anos, mas quando sai está determinado a descobrir quem foram as pessoas que o traíram. Quer fazer justiça pelos anos perdidos, mas quer também provar a sua inocência. Quer ter o direito de recomeçar de novo, com a ficha limpa. E se para isso tiver de fazer algo que não deve no caminho, tudo bem: a pena já a cumpriu por antecipação.
Um homem que sabe bem o que quer, sem que isso o torne calculista, frio ou incapaz de sentir ou amar... Talvez isso seja o seu lado feminino a manifestar-se, fruto de ter crescido com uma mãe e quatro irmãs. Afinal, não dizem que as mulheres são feitas para aguentar todo o tipo de provações? Zeca é uma versão de calças destas mulheres lutadoras. O filho que se sacrifica pela mãe. O irmão protetor. O homem que pela mulher que ama roda o mundo. O pai que pela filha se descobre um novo homem, capaz da força de um leão.
Zeca é um hino às mulheres que o educaram, porque o mundo em que vivemos pode ser considerado ainda dos homens, mas é do ventre das mulheres que eles nascem, são elas quem os educam, são a sua maior influência. O que mostra que na realidade o mundo está nas mãos das mulheres, a quem compete fazer dos seus filhos: homens tolerantes, homens amorosos que as amem e respeitem acima de tudo, que as tratem como iguais.
O elenco conta com caras como Fernanda Serrano, Ricardo Carriço, Lia Gama, Maria Emília Correia, Estrela Novais, Ana Guiomar, Graciano Dias, Ana Varela, Sérgio Praia, Sofia Ribeiro e muitos outros.
Produção
José Retré
Direção de Projeto
António Correia
Realização
Joel Monteiro
Rafael Rahal
Roberto Roque
Rodrigo Duvens Pinto
Cenografia
Catarina Amaro
Produção Musical
António Lopes
Sonoplastia
Samuel Silva
Consultoria Geral
José Eduardo Moniz
Uma Produção Plural para a TVI