Neste episódio
Raul (Sérgio Praia) vai a casa de Peter (Joaquim Horta), conta-lhe que Emília (Dina Félix da Costa) está grávida de David (Jorge Albuquerque) e alerta o tio que, quando o bebé nascer, ele deixa de ser o herdeiro de David. Raul acha que Zeca já podia saber do bebé e estar envolvido na morte de David. Peter não acredita e Raul fica lixado pelo tio não concordar com ele.
Ema (Ana Varela) e Joana (Catarina Rebelo) estão no laboratório, para fazer o teste de ADN e a enfermeira recolhe um pouco de saliva de cada uma.
Filomena (Sofia Nicholson) entrega a morada do local de trabalho de Liliana (Mafalda Rodiles), de modo a fazer com que o encontro entre Liliana e Eça (Nuno Pardal) pareça casual.
Eça conta a Rita (Beatriz Barosa) o plano que têm para Liliana acusar Raul de assédio. Ela fica desconfortável, mas conclui que, acima de tudo, quer justiça.
Ema e Joana ficam ansiosas com o resultado do teste. Ema assente que sempre sentiu uma ligação muito forte entre as duas.
Vanda (Fernanda Serrano) reclama com Sara, quando Clara aparece e diz que está um inspetor da PJ no seu gabinete para falar com ela. Vanda fica surpreendida ao ver que se trata do inspetor Lopes e olham-se com interesse.
Raul reclama com Célia (Sofia Ribeiro), por estar agarrada a uma revista. Ela revela que está a ler o artigo sobre Madalena (Sofia Ribeiro) e o seu novo namorado. Raul fica chocado com a notícia sobre Madalena e Gabriel (Ricardo Carriço) e critica-a por se ter envolvido com um homem casado. Célia acusa-o de estar com ciúmes e lembra que também se envolveram quando ele ainda era casado.
Vanda fala com alguma animosidade com o inspetor Lopes e ele explica que não planeou aquele encontro e que foi ela que o rejeitou no passado. Vanda lembra-o que tinha um filho com problemas e que não podia deixar o marido.
Antonieta (Lia Gama) avisa a neta de que Vanda também era muito amiga de Ema e que não hesitou em separá-la de Zeca. Carolina defende a amiga e convence a avó de que Ema é que tem maus princípios e que só se aproximou de Zeca por causa do dinheiro.
O inspetor Lopes confessa que Vanda nunca lhe saiu da cabeça, mas que não foi por isso que fio até ali. Lopes revela que está a investigar o homicídio de David e pergunta a Vanda se conhece Emília (Dina Félix da Costa). Ela diz-lhe que a Goulart foi sua empregada e que se trata de uma golpista.
Midas (Manuel João Vieira) diz a Santos Costa (Ricardo Castro) que tem de encerrar o caso de Preto (Vítor Norte), porque quer dedicar-se ao filho.
Vanda não acha que Emília fosse capaz de matar, mas talvez possa ter arquitetado a morte de David. O inspetor revela que também ficou viúvo e que acredita que aquele reencontro não foi por acaso, deixando Vanda inquieta.
Arnaldo (João Lagarto) acha que uma boa forma de limpar a sua imagem é fazer um donativo para o instituto de doenças raras, com a imprensa a dar cobertura.
Santos Costa e Zeca tentam perceber a ligação entre Peter, Preto e Arnaldo e põem a hipótese de Arnaldo estar envolvido na morte de Preto. Zeca decide manter o plano de investigar o ferro velho e diz que conseguiu uns documentos que estavam no escritório de Arnaldo.
Célia garante não ter ciúmes de Madalena, por a irmã estar muito feliz com Gabriel. Raul fica irritado com a conversa.
Sobre «Amar Demais»
Quem nunca amou demais? Para todas as mulheres que lutam e tanto se sacrificam para educar bem os seus filhos. Para fazer deles pessoas à sua imagem, homens de bem.
Há quem esteja disposto a dar a vida, ou o seu tempo de vida, para salvar alguém, por amar mais... É assim Zeca, o protagonista. Uma pessoa dotada de valores, com um enorme sentido de justiça, que nem sempre escolhe o caminho provável para ajudar quem ama, mas que nunca tem dúvidas sobre o que é prioritário: proteger os seus. É isso que o leva à prisão, quando aceita dar-se como culpado por um crime que não cometeu em nome de outrem para salvar a vida da sua mãe.
Por a amar demais, Zeca abdica da sua própria liberdade, e do amor que Ema sente por ele. E quando percebe que foi enganado e que o seu sacrifício foi em vão, em vez de se revoltar, é resiliente. E prepara-se para o que será́ o dia do grande embate: o momento em que vai poder fazer justiça por tudo o que passou.
Zeca fica preso durante mais de 15 anos, mas quando sai está determinado a descobrir quem foram as pessoas que o traíram. Quer fazer justiça pelos anos perdidos, mas quer também provar a sua inocência. Quer ter o direito de recomeçar de novo, com a ficha limpa. E se para isso tiver de fazer algo que não deve no caminho, tudo bem: a pena já a cumpriu por antecipação.
Um homem que sabe bem o que quer, sem que isso o torne calculista, frio ou incapaz de sentir ou amar... Talvez isso seja o seu lado feminino a manifestar-se, fruto de ter crescido com uma mãe e quatro irmãs. Afinal, não dizem que as mulheres são feitas para aguentar todo o tipo de provações? Zeca é uma versão de calças destas mulheres lutadoras. O filho que se sacrifica pela mãe. O irmão protetor. O homem que pela mulher que ama roda o mundo. O pai que pela filha se descobre um novo homem, capaz da força de um leão.
Zeca é um hino às mulheres que o educaram, porque o mundo em que vivemos pode ser considerado ainda dos homens, mas é do ventre das mulheres que eles nascem, são elas quem os educam, são a sua maior influência. O que mostra que na realidade o mundo está nas mãos das mulheres, a quem compete fazer dos seus filhos: homens tolerantes, homens amorosos que as amem e respeitem acima de tudo, que as tratem como iguais.
O elenco conta com caras como Fernanda Serrano, Ricardo Carriço, Lia Gama, Maria Emília Correia, Estrela Novais, Ana Guiomar, Graciano Dias, Ana Varela, Sérgio Praia, Sofia Ribeiro e muitos outros.
Produção
José Retré
Direção de Projeto
António Correia
Realização
Joel Monteiro
Rafael Rahal
Roberto Roque
Rodrigo Duvens Pinto
Cenografia
Catarina Amaro
Produção Musical
António Lopes
Sonoplastia
Samuel Silva
Consultoria Geral
José Eduardo Moniz
Uma Produção Plural para a TVI