Neste episódio
Ulisses (Nuno Homem de Sá) confronta Carolina (Joana Manuel) com o facto dela estar grávida e mostra-se indignada pelo facto do pai de Eça (Nuno Pardal) achar que aquele filho pode ser seu e humilha-o dizendo que ele já não tem capacidade para engravidar ninguém.
Raul (Sérgio Praia) e Rita (Beatriz Barosa) chegam ao hospital e uma enfermeira diz ter boas notícias. Ema (Ana Varela) e Joana (Catarina Rebelo) chegam logo a seguir e a enfermeira revela que a paciente acordou. Rita e Joana festejam, apesar de ainda não saberem se é a mãe de uma ou de outra. Raul fica surpreendido por ter pressentido aquilo.
Carolina insiste que aquele filho é de Zeca (Graciano Dias) e Ulisses e acusa-a de só estar a dizer aquilo porque Zeca é rico.
Rita e Joana estão eufóricas por poderem ver uma das suas mães. A enfermeira informa que a paciente ainda não falou e por isso ainda não sabem de quem se trata. Rita conta que Raul pressentiu que ela tinha acordado, deixando Ema pasma.
Célia (Sofia Ribeiro) está deitada na cama do hospital, quando Joana e Rita entram e emocionam-se e tentam saber se é Célia ou Madalena (Sofia Ribeiro). Célia faz um esforço para falar e acaba por dizer que é Madalena. Rita abraça-a e Joana sai do quarto em choque.
Zeca vai ter com Vanda (Fernanda Serrano) para lhe contar que Carolina está grávida e que agora é que Ema nunca mais vai acreditar nele. Vanda diz que não é bem assim e que o filho de Carolina pode não ser dele.
Ulisses chega à livraria e estranha ver tudo às escuras. Eça conta-lhe que Arnaldo (João Lagarto) mandou cortar a água e a luz no bairro, mas fica pasmo ao saber que Zeca vai ter um filho com Carolina. Ulisses conta que desconfia que aquele filho é seu e Eça acha que o pai devia falar com Zeca.
Ema, ao ver o estado em que Joana sai do quarto, percebe que é Madalena que está ali e Raul não consegue deixar de se emocionar.
"Madalena" pergunta pela irmã e Rita conta-lhe que caíram as duas da arriba, mas o corpo dela não apareceu.
Sobre «Amar Demais»
Quem nunca amou demais? Para todas as mulheres que lutam e tanto se sacrificam para educar bem os seus filhos. Para fazer deles pessoas à sua imagem, homens de bem.
Há quem esteja disposto a dar a vida, ou o seu tempo de vida, para salvar alguém, por amar mais... É assim Zeca, o protagonista. Uma pessoa dotada de valores, com um enorme sentido de justiça, que nem sempre escolhe o caminho provável para ajudar quem ama, mas que nunca tem dúvidas sobre o que é prioritário: proteger os seus. É isso que o leva à prisão, quando aceita dar-se como culpado por um crime que não cometeu em nome de outrem para salvar a vida da sua mãe.
Por a amar demais, Zeca abdica da sua própria liberdade, e do amor que Ema sente por ele. E quando percebe que foi enganado e que o seu sacrifício foi em vão, em vez de se revoltar, é resiliente. E prepara-se para o que será́ o dia do grande embate: o momento em que vai poder fazer justiça por tudo o que passou.
Zeca fica preso durante mais de 15 anos, mas quando sai está determinado a descobrir quem foram as pessoas que o traíram. Quer fazer justiça pelos anos perdidos, mas quer também provar a sua inocência. Quer ter o direito de recomeçar de novo, com a ficha limpa. E se para isso tiver de fazer algo que não deve no caminho, tudo bem: a pena já a cumpriu por antecipação.
Um homem que sabe bem o que quer, sem que isso o torne calculista, frio ou incapaz de sentir ou amar... Talvez isso seja o seu lado feminino a manifestar-se, fruto de ter crescido com uma mãe e quatro irmãs. Afinal, não dizem que as mulheres são feitas para aguentar todo o tipo de provações? Zeca é uma versão de calças destas mulheres lutadoras. O filho que se sacrifica pela mãe. O irmão protetor. O homem que pela mulher que ama roda o mundo. O pai que pela filha se descobre um novo homem, capaz da força de um leão.
Zeca é um hino às mulheres que o educaram, porque o mundo em que vivemos pode ser considerado ainda dos homens, mas é do ventre das mulheres que eles nascem, são elas quem os educam, são a sua maior influência. O que mostra que na realidade o mundo está nas mãos das mulheres, a quem compete fazer dos seus filhos: homens tolerantes, homens amorosos que as amem e respeitem acima de tudo, que as tratem como iguais.
O elenco conta com caras como Fernanda Serrano, Ricardo Carriço, Lia Gama, Maria Emília Correia, Estrela Novais, Ana Guiomar, Graciano Dias, Ana Varela, Sérgio Praia, Sofia Ribeiro e muitos outros.
Produção
José Retré
Direção de Projeto
António Correia
Realização
Joel Monteiro
Rafael Rahal
Roberto Roque
Rodrigo Duvens Pinto
Cenografia
Catarina Amaro
Produção Musical
António Lopes
Sonoplastia
Samuel Silva
Consultoria Geral
José Eduardo Moniz
Uma Produção Plural para a TVI