"É um dia de luto" para Portugal e para a Igreja Católica. Fica a pergunta: "Que outra instituição sobreviveria a um escândalo desta magnitude?"

14 fev 2023

A Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica apresentou esta segunda-feira o relatório sobre os casos de abusos sexuais na Igreja em Portugal, que aponta para pelo menos, 4.815 casos de abusos no seio da Igreja.

Joana Amaral Dias aponta várias medidas necessárias para "honrar as vítimas, que têm de ser o centro das preocupações". É responsabilidade da Igreja Católica - afinal, uma instituição "com uma missão moral e social" - pedir perdão, encarregar-se de todos os custos clínicos e pagar indemnizações a todas as vítimas.

Por outro lado, é igualmente importante "castigar os culpados e os cúmplices", bem como os agressores que ainda continuam em funções. 

Os espaços de denúncia deve também ser alargados, tal como os prazos de prescrição dos crimes - como, aliás, já acontece em países como a Holanda, a Espanha e a Alemanha. 

Uma mudança mais estrutural passa ainda pela revisão da "ligação umbilical" do Estado, supostamente laico, com a Igreja Católica. 

Da troca de ideias resulta a possibilidade de olhar para o mesmo tema com distintas abordagens. Além do debate, que tem aqui um lugar cativo, são as entrevistas e as vozes dos protagonistas que preenchem este espaço informativo.

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