Dois às 10 - Testemunho arrepiante - «Idealizei um filho que não tenho»

24 mai 2024 Autor: Carla Anes

No «Dois às 10», Fomos com Graça até junto do Cristo Rei recordar o dia em que aconteceu a inauguração deste monumento. Graça refere que foi dia, 17 de maio de 1959, e que tinha oito anos. Recorda que foi com a escola, na altura uma escola só de meninas onde era obrigatório andar sempre de bata (branca) e foi assim que foram ao evento. Diz que a mãe lhe lavou e passou a ferro muito bem a bata branca e que lhe fez um belo rabo-de-cavalo com um laço branco… não podia fazer má figura. Nesse dia, saíram da escola a pé em disseram a um largo que hoje já não está como era (nada está) e foi lá que esperaram a comitiva do Salazar que havia vindo de barco até Cacilhas. Dali foram então no cortejo até junto do Cristo Rei. Graça conta que seguia num mar de gente e já lá em cima, não via nada, apenas o Cristo se olhasse para cima. Diz que houve uma cerimónia religiosa e que foi ouvida uma mensagem de voz enviada pelo Papa da altura. Graça refere que naquele dia foram tiradas várias fotografias e refere-se a um muito especificamente onde está uma multidão ela diz estar ali, no meio daquelas pessoas todas. Num dia que não esquecerá. Fomos com Elisabeth até uma feira onde não faltam carrosséis, luzes e doces para que ela pudesse recordar a famosa Feira Popular que surgiu nos anos 40. Fomos com a Paula até ao Chiado para recordar o incêndio de 1988. Paula começa por revelar que é impossível esquecer tal fogo. Diz que na altura tinha 19 anos e que veio a correr de casa até ao quartel, ainda de noite recorda o cheiro intenso a queimado e a luz das chamas que fazia com que parecesse de dia. Recorda o aparato que encontrou e a necessidade que havia de conseguir que o fogo não avançasse. Esse era o objetivo. Paula conta onde o fogo começou e por onde alastrou, até ser extinto. Diz ter estado lá dois dias e meio seguidos, com tantos outros bombeiros… conseguia-se ir comendo, apesar de a fome não ser muita, os banhos eram tomados a apagar o fogo e descansar era impensável, dada a adrenalina que se estava a viver. Recorda ainda a fotografia que lhe foi tirada já no rescaldo do incêndio num momento de introspeção em que ela se sentou nas escadas de uma loja com uma sandes na mão. Recorda que não tinha fome, mas tentava comer enquanto olhava em volta e pensava no que o Chiado se tinha transformado. Parecia um cenário de guerra a alma do Chiado esfumou-se, desapareceu entre as chamas e o fumo. Recebemos a Dra. Inês Sapinho veio esclarecer tudo sobre as doenças da tiroide e trouxe com ela um paciente, Luís Castro.os distúrbios da tiroide afetam muita gente e há milhares de pessoas que são afetado mas desconheça a causa dos sintomas. Conhecemos a história de Paula Almeida. Paula conta que as três irmãs foram sempre muito unidas. Refere que nunca houve um corte umbilical entre as três e que a Rosita sempre foi a mais saudável. Em 2022 Rosita começou a ter dores que se foram agravando e foi-lhe diagnosticado cancro no pâncreas. Paula diz que foi um choque, foi aterrador e que a irmã sempre disse que ia ficar bem. Rosita ainda deu força a Paula no meio de todo o processo. Paula diz que foi um processo muito rápido, a irmã perdeu muito peso e em 3 meses Rosita partiu. «Foi uma angústia muito grande. Eu penso na minha irmã como se ela ainda estivesse aqui. É difícil aceitar, custa muito, ela faz-me muita falta. Têm sido dois anos muito difíceis. Não há uma hora do dia em que eu não me lembre dela.» Paula conta que começou a fazer bonecas para homenagear a irmã. Conhecemos história do peque no Enzo. Cláudio Mendes, mãe de Enzo, conta que que idealizou um filho que não tem e que neste momento vive apenas para o filho. O pai conta que o filho tem uma síndrome muito rara que lhe afeta a parte muscular, como o andar e o comer, é por isso que neste momento só come líquidos, sendo que os sólidos estão a ser introduzidos aos poucos. O casal refere que Enzo tem vindo a evoluir com a ajuda da escola e das terapias. A mãe, que é cuidadora, fala ainda de ter abdicado dela em prol do filho. No «Dois às 10», damos início à «Atualidade» com o caso de uma mulher que terá agredido, de forma violenta, o marido. Os nossos comentadores analisam o caso. Partilhamos entrevista à suposta agressora e à filha do casal. O repórter Bruno Caetano faz o enquadramento do caso de um polícia, que estava de folga, dispara tiro sobre agressor que batia na mulher, na rua em frente ao filho menor. Os nossos comentadores analisam caso de uma mulher que após o marido pedir o divórcio processou-o e exigiu 600 mil euros pelos anos de vida que perdeu.

No programa que anima as manhãs, Cláudio Ramos e Cristina Ferreira fazem-lhe companhia. Um programa diversificado, leve e divertido, mas também com espaço para histórias densas e emotivas.

Saiba mais sobre o programa em tvi.iol.pt/doisas10

 

Conteúdo em língua gestual portuguesa (LGP).

 

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