Paulo Portas analisa a atualidade internacional e traduz os problemas com que nos defrontamos à escala global.
Paulo Portas confessa que encontrou no programa eleitoral do Chega uma medida que o deixou “em estado de choque”: o Chega propõe reconhecer o direito de greve e de filiação partidária às forças de segurança. “É uma coisa disparatada e perigosa”, lembrando que a aplicação à GNR teria reflexos noutras forças militares.
“Consegue imaginar o que é isto de ter dentro da polícia ou da guarda secções dos partidos? Onde está a unidade da disciplina e da hierarquia? Estaremos com isso a contribuir, daqui a uns anos, não para ter polícias, mas milícias?”, questiona-se.
Antes, comentou o resultado eleitoral nos Açores. “Foi um resultado tipicamente açoriano”, começa por dizer Paulo Portas sobre os resultados pouco clarificadores das eleições regionais nos Açores, lembrando que a região é muito “moderada nos seus comportamentos e opções”. “Há um único governo possível e não há nenhuma alternativa que possa ser exequível como alternativa de governo”, resume.
“Acontecerá uma de duas coisas, ambas com impacto nacional: ou ninguém se chega à frente com medo de eleições antecipadas; ou há mesmo eleições antecipadas e serão derrubados aqueles que derrubaram”.
Neste “Global”, aborda ainda a agitação nos Estados Unidos da América, com sucessivas gafes do presidente Joe Biden nesta semana. E antecipa como a idade dos candidatos à presidência irá marcar o debate. “Se Trump ganhar as eleições em novembro, entrega a Ucrânia, dinamita a NATO e os europeus vão ter que gerir a sua segurança sozinhos”, traça.
Portas acredita que Benjamin Netanyahu “está a tentar estender o tempo da guerra para prolongar o seu tempo político”. “A médio prazo, Israel precisa de aliados”, reforça.
Paulo Portas analisa a atualidade internacional e traduz os problemas com que nos defrontamos à escala global.