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Uma reportagem de Márcia Sobral, com imagem de Ricardo Ferreira e edição de imagem de Miguel Freitas.

Sabia que uma fotografia sua, aparentemente “inocente”, pode estar neste momento a circular entre milhares de pessoas? E se essa fotografia não tivesse sido tirada por si, nem publicada em nenhuma rede social, mas tivesse sido tirada por alguém que nem conhece?
 
A pandemia fechou-nos em casa e ligou-nos através de ecrãs, aplicações e redes sociais. Num mundo cada vez mais conectado o cibercrime ganhou ainda mais espaço para atuar.
 
Os casos de partilha online de conteúdos íntimos aumentaram e os números mostram que a maioria das vítimas são mulheres, muitas delas menores de idade.
 
Os conteúdos partilhados vão desde vídeos íntimos até uma simples fotografia tirada na praia, num centro comercial ou num ginásio. Aqui o consentimento não existe e todo o conteúdo é divulgado de forma ilegal. Os grupos atuam em plataformas de mensagens não rastreadas como o Telegram, mas depois navegam por inúmeras páginas e, por vezes, chegam mesmo a sites de pornografia.
 
As vítimas falam em impunidade, machismo e não têm dúvidas de que este é um mundo ainda “desconhecido” da maioria dos portugueses e pouco vigiado pelo Estado.

Categoria: Informação