Neste episódio
Fernando (Carlos Cunha) e Dália (Inês Faria) continuam embasbacados a olhar para Hortênsia. Esta apresenta-se muito bem-disposta e diz que veio para os ver.
Tavares (Almeno Gonçalves) está a comer uma sopa quando tocam à campainha e entra Frésia (Paula Neves) sem esperar, com um tacho embrulhado num pano.
Dália corre para os braços de Hortênsia, sua mãe, e abraçam-se carinhosamente.
A pastelaria está cheia de clientes a ver o jogo de futebol e André (Fábio Gil) não consegue aguentar tantos pedidos. Magnólia (Francisca Ribeiro) percebe e oferece a sua ajuda, mas André fica tão atarantado que deixa cair a bandeja ao chão, partindo os copos todos.
Fernando explode pois não consegue compreender como Hortênsia teve coragem de regressar dezoito anos depois.
André continua a sorrir embasbacado a olhar para Magnólia que tenta que ele reaja ao facto do chão estar cheio de cerveja e vidros. Sr. Zé, que ouve o relato, grita golo e festeja antes de ser golo na tv.
Frésia traz bacalhau para Tavares e vai para se servir a si mesma, mas Tavares guarda o resto do bacalhau para o almoço do dia seguinte e encaminha-a para a saída sem lhe dar tempo de resposta.
Hortência assegura que regressou para resolver as coisas e porem os problemas todos para trás das costas mas Fernando ordena-a que saia. Dália sugere que a mãe fique lá em casa.
No hostel, um hóspede queixa-se que não consegue tirar a espuma do shampoo da cabeça. Quando este sai Íris (JUlie Sergeant) revela a Constantino (António Melo) que colocou detergente nos dispensadores de shampoo pois é mais barato.
Dália sugere que a mãe fique a dormir no seu quarto. Fernando com muita dificuldade aceita mas na condição de ser somente uma noite.
Rosa (Matilde Breyner) tenta que Tília (Ana Bola) lhe ofereça uns sapatos e está na dúvida se lhe vai dar ainda em vida ou só após a sua morte. Marcolino (Nuno Pardal) entra para falar com Tília e Rosa fica a falar sozinha.
Sergei (Pedro Diogo) adota um ar sedutor e aproxima-se de Violeta (Sofia Grillo) começando a fazer-lhe festas, mas ela repudia-o e faz-se de desentendida.
Marcolino fica surpreendido quando percebe que Tília já sabia que Violeta tinha uma amante. Marcolino prepara-se para explicar como é que a vida amorosa de Violeta pode ter a ver com o caderno.
Frésia entra na pastelaria furiosa dando de caras com André e Magnólia a servirem os clientes e exige que André lhe dê o comando da tv. Muda de canal no preciso momento em que o jogador se preparava para bater um penalti para revolta de todos os presentes. Clientes saem desapontados.
Sergei queixa-se da falta de resposta às suas investidas e fica fulo pois parece que são apenas amigos.
Marcolino acha que Alexandra pode estar por detrás da revelação dos segredos. Defende que a revelação do primeiro segredo pode ditar o fim do casamento de Violeta e Alexandra tem muito a ganhar com isso. Tília fica pensativa.
Sobre «Rua das Flores»
Tília não impinge o seu trabalho a ninguém, no entanto, todos naquela rua a procuram, embora ninguém o admita. Por vergonha, mas também por ninguém querer acreditar verdadeiramente nas profecias de Tília... que, em boa verdade, acabam sempre por se concretizar. E é justamente no concretizar de uma dessas profecias que começa a nossa história.
Todavia, a Rua das Flores é muito mais que dona Tília. É uma rua também invulgar, por numa das pontas estar a ser construído um prédio, que fará daquela rua uma rua sem saída. E se aquela população já tinha guerras de sobra por cada um dos lados da rua pertencer a freguesias diferentes, agora terão um conflito ainda maior: é que a rua vai passar a ser um beco, derivado a uma construção em que ninguém conhece o dono.
Na Rua das Flores não há dia em que as confusões não sejam mais do que muitas, o que vai piorar quando descobrirem que desapareceu o caderno onde Tília apontava todas as suas previsões. Ou seja, está lançado o pânico da Rua das Flores! É que se o caderno desapareceu, alguém o tem. E esse alguém passará a saber tudo sobre toda a gente. E não existe por ali, quem não tenha segredos a esconder... segredos esses que vão começar a ser espalhados pela Rua, sem revelar de quem são. E todos os habitantes passam a desconfiar uns dos outros.
