Neste episódio
Jorge finge-se preocupado com Laura e pede a Mariana para parar de o acusar. Laura desperta e quer saber o que se passa. Laura acha que Jorge devia mostrar o telemóvel a Mariana e ele assim o faz, contrariado. Mariana vê um número do Porto e tem a certeza que é da gastromundi, mas Jorge diz que também tem negócios no Porto. Todos acham as acusações de Mariana infundadas, mas ela diz que um dia todos lhe vão dar razão.
Mariana corre para o jardim e grita para libertar a tensão. José Diogo traz uma coluna portátil onde dá a música deles e puxa Mariana para dançar. Ela começa a acalmar-se e deixa-se levar pela música.
Jorge e Virgílio falam no wc para evitar as câmaras. Jorge conta o que se passou e fica aliviado por não haver câmaras no quarto, pois atendeu uma chamada de Clarice. Virgílio pergunta-lhe se fez mesmo o que Mariana o acusa de ter feito, mas Jorge diz que não, pois não perde tempo com mesquinhices.
Virgílio comenta com Benedita que já soube da confusão entre Jorge e Mariana. Benedita diz que Laura ficou destruída e confidencia a Virgílio que mandou instalar uma câmara no quarto de Laura. Virgílio fica surpreendido. Virgílio está atónito com o que ouve de Benedita.
Ela sente-se culpada pelo que fez, mas explica que foi a pensar no bem-estar de Laura. Benedita diz que ainda não teve coragem de ver as imagens e Virgílio oferece-se para ver. Jorge faz gestos a Virgílio para não deixar Benedita ver as imagens.
Irene vê Jorge a gesticular para Virgílio e estranha. Benedita entrega o telemóvel a Virgílio para que ele veja as imagens do quarto de Laura. Jorge vai-lhe fazendo sinal para que apague as imagens. Virgílio diz que não vê nada de preocupante, a não ser a lamentável discussão entre Mariana e Jorge. Benedita agradece a ajuda de Virgílio.
Mariana e José Diogo regressam do jardim e ela agradece-lhe por aquele momento de descontração. Irene entrega um amuleto a "Rodrigo" e diz a Mariana que deixou um para ela em cima da cama. José Diogo estranha aquilo e Mariana diz-lhe que Irene é bruxa.
Um grupo de raparigas faz o check in. Estão claramente numa despedida de solteira. Anita fica feliz por ver que ainda há pessoas que acreditam no amor. Sofia diz que não consegue imaginar a ficar presa a alguém para sempre. Anita sabe que ela está magoada, mas é importante continuar a acreditar no amor. Hector olha para a noiva e trocam um olhar interessado.
A música está alta e a noiva diverte-se com as madrinhas. Bebem shots de tequila. Hector volta a trocar um olhar com a noiva e pede a Sofia para oferecer bebidas a todas, mas uma mais cara à noiva. Sofia assim o faz e diz que foi oferta de Hector.
A noiva olha para ele e sai para a rua. Hector vai atrás dela. Hector entrega o véu à noiva e diz-lhe que o deixou cair. Ao fazer isto, beija-a de forma intensa. Os dois embrenham-se um no outro.
Virgílio diz a Jorge que o empenho e dedicação de Laura estão a cansá-lo e vai precisar da ajuda dele para a alienar da fábrica, pois tem uma entrega para fazer a Hector e Laura não pode saber.
Jorge estranha, até porque Hector é cliente da fábrica, mas Virgílio diz que será uma encomenda por fora e Jorge tem de o ajudar, pois está em dívida com ele. Hector atende a chamada de Virgílio, que lhe confirma que tem tudo pronto para a entrega da encomenda esta noite. Hector diz que da parte dele também está tudo pronto e recomenda apenas discrição para não deitarem tudo a perder.
Hector sai do quarto e Anita olha-o com desagrado. Anita sabe que o filho dormiu com a noiva e critica-o por isso. Anita acha que o filho ainda não superou o passado, mas Hector diz que não tem nada a ver com isso e que foi uma coisa de momento. Hector afirma que sabe o que quer e já encontrou uma mulher que preencha os seus requisitos e essa mulher é Mariana.
Paz vai a caminho da escola com o livro que o pai lhe deu. As colegas gozam com ela por andar sempre com o nariz enfiado nos livros e dizem-lhe que devia olhar-se mais ao espelho e pentear-se. Paz fica afetada. Elas tiram-lhe o livro e deitam-no no lixo. Paz fica com lágrimas nos olhos. Paz chega a casa de Leandro, ainda afetada com o que se passou. Gina repara e tenta perceber o que se passou. Paz conta-lhe o que as colegas lhe fizeram e Gina diz que isso é bullying e devia falar com a mãe ou com as professoras, mas Paz não quer que a mãe saiba daquilo.
Rui faz mais uma tentativa de convencer Margarida a ir com ele para Edimburgo. Margarida afirma que isso nunca será uma possibilidade e vai embora. Rui olha charmoso para uma das madrinhas. A noiva está de óculos de sol, está de ressaca.
Mariana continua de volta do livro de receitas da família e vai tirando notas para o seu caderno. Hector aparece para irem dar um passeio, mas Mariana diz que não tem tempo. Hector insiste e diz que o passeio a vai ajudar a ter mais criatividade. Hector continua a insistir para que Mariana aceite ir passear com ele, mas ela volta a dizer que não tem tempo. José Diogo assiste e começa a ficar irritado. José Diogo não se contém e diz que Mariana já disse de várias formas que não pode ir. Hector e Mariana ficam surpreendidos com aquela reação.
Hector pede a José Diogo para ir estacionar o seu carro. Hector continua de braço esticado para que "Rodrigo" aceite as chaves do seu carro e vá estacioná-lo. Mariana lembra que essa não é a função de "Rodrigo", mas Laura não vê porque motivo ele não pode fazer isso. José Diogo sente-se humilhado, mas aceita para não arranjar confusão. Hector percebe que pode perder pontos com Mariana e convence-a antes a sair com ele. Mariana aceita, mas não prescinde da companhia de José Diogo.
Paz chega a casa toda elétrica e confessa que bebeu café. Paz diz ainda que esteve a pensar e acha boa ideia ir para Edimburgo. Rui fica muito feliz pela filha ter mudado de ideias e fica com esperança de conseguir convencer Margarida.
Hector vai ter com a noiva e diz-lhe achou que ela tinha percebido que o que se passou ontem foi só um momento, pois também ele é comprometido e a noiva dele está ali. Sofia ouve a conversa e fica enojada.
Sobre «A Protegida»
No coração do interior alentejano, Mariana e José Diogo são duas crianças cujos contextos não podiam ser mais diferentes: ela é fruto de uma relação carinhosa; ele, órfão. Ela tem na família, um porto seguro para onde correr quando se magoa; ele só pode correr para ela. Cruzam-se por um inevitável querer do destino: ele está constantemente a fugir do orfanato que faz fronteira com o palacete da avó dela. Por muito que as regras os tentem separar, as duas crianças orbitam uma em torno da outra com uma força que ninguém consegue explicar ou parar. Complementam-se. José Diogo nunca conheceu um amor como aquele, tão incondicional. Mariana fá-lo rir, é carinhosa com ele, parecem falar uma língua só deles e, muitas vezes, têm a certeza de conseguir adivinhar os pensamentos do outro.
Seja qual for a matéria de que são feitas as almas, as de Mariana e José Diogo são a mesma.
Os dias que passam juntos voam, as horas separados arrastam-se. Os dois correm pelos campos de oliveiras de Vale do Rio, assustam-se no Forte da Graça em Elvas e imaginam o passado no Castelo. A terra que se dá a quem a ama é palco de um amor infantil, secreto e que marcará a vida de ambos para sempre. Benedita, a avó e matriarca da família de Mariana, é a primeira a perceber a conexão entre os dois. Envolve-os em carinho e em comida. À volta de Mariana e José Diogo há um constante cheiro a amor e receitas que têm como único objetivo colorir os dias das crianças, que se entorpecem num afeto com sabor à tradição alentejana.
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