26 mar 2025
Um antigo conselheiro de um governo dinamarquês disse à agência Reuters que a visita de JD Vance e da mulher à Gronelândia, programada para esta sexta-feira, 28 de março, era uma operação de charme à qual só lhe faltava o charme. Depois da Administração Trump ter anunciado uma visita da mulher do vice-presidente Vance, Usha Vance, a uma tradicional corrida de cães, a iniciativa foi transformada numa ida do número dois da Administração Trump ao território.
A Dinamarca reagiu de imediato, com a primeira-ministra Mette Frederiksen a acusar os EUA de uma "pressão inaceitável". A visita acontece depois de umas eleições antecipadas no território dinamarquês que deram maioria relativa aos Democratas, força política que advoga uma autonomia progressiva - mesmo que já tenham sido unionistas -, com cerca de 30% dos votos.
Em segundo lugar ficaram os independentistas do Naleraq, para quem a independência da Gronelândia da Dinamarca deve ser imediata. O Naleraq está disposto a negociar a venda de recursos aos EUA, mas com a Gronelândia como Estado soberano.
Oficialmente, a ida de JD Vance tem como objetivo visitar a estação militar de Pittufik, que existe desde 1951, graças a um acordo militar entre norte-americanos e dinamarqueses, ao abrigo da NATO.