Neste episódio
Gisela (Carla Vasconcelos) entra na casa de fados e Constança (Filipa Pinto) e Evelina (Susana Arrais) escondem-se.
Gabriel (Ricardo Carriço) tenta tranquilizar Madalena (Sofia Ribeiro), mas ela não consegue aceitar o que Célia (Sofia Ribeiro) fez, nem perdoar Gabriel por não ter dado pela diferença. Ele explica que notou uma diferença, mas pensou que fosse provocada pelo trauma do acidente.
Gisela (Carla Vasconcelos) acha que aquela relação já não é nada e decide terminar o namoro. Santos Costa (Ricardo Castro) fica confuso, acende um cigarro e vai embora. Evelina continua escondida debaixo da mesa. Gisela fala com Midas (Manuel João Vieira) e os dois sorriem, nervosos. Sandro (Miguel Bogalho) vê Constança escondida, vai para o pé dela e espeta-lhe um beijo.
Antonieta acarinha Madalena e diz que já sabe de tudo. Gabriel tem vontade de ficar ali a dormir com Madalena, mas ambos a concordam que é melhor ir para casa, para Célia não desconfiar de nada.
Ema (Ana Varela) despede-se de Zeca (Graciano Dias) e ele diz-lhe que a ama, deixando-a envergonhada.
Fanã (Salvador Nery) canta, mas está perturbado por Sandro ter beijado Constança. Evelina está farta de estar escondida e decide sair debaixo da mesa, mas Gisela nem dá por ela, de tão embevecida que está com Midas.
Gabriel chega ao restaurante e Célia diz-lhe que quer ir para casa, pois está com muita vontade de o levar para a cama. No dia seguinte, Gabriel chega ao palacete e Antonieta conta que Carolina (Joana Manuel) continua em trabalho de parto e não deve escapar à cesariana.
O advogado acha que a moralidade de Liliana (Mafalda Rodiles) está em causa e por isso, Raul (Sérgio Praia) não será condenado. Liliana tem uma ideia para acabar com Raul e falam da publicação de um livro. Eça (Nuno Pardal) quer dar uma tareia no ex-namorado de Liliana e Zeca acha que quem devia apanhar é Raul.
Sobre «Amar Demais»
Quem nunca amou demais? Para todas as mulheres que lutam e tanto se sacrificam para educar bem os seus filhos. Para fazer deles pessoas à sua imagem, homens de bem.
Há quem esteja disposto a dar a vida, ou o seu tempo de vida, para salvar alguém, por amar mais... É assim Zeca, o protagonista. Uma pessoa dotada de valores, com um enorme sentido de justiça, que nem sempre escolhe o caminho provável para ajudar quem ama, mas que nunca tem dúvidas sobre o que é prioritário: proteger os seus. É isso que o leva à prisão, quando aceita dar-se como culpado por um crime que não cometeu em nome de outrem para salvar a vida da sua mãe.
Por a amar demais, Zeca abdica da sua própria liberdade, e do amor que Ema sente por ele. E quando percebe que foi enganado e que o seu sacrifício foi em vão, em vez de se revoltar, é resiliente. E prepara-se para o que será́ o dia do grande embate: o momento em que vai poder fazer justiça por tudo o que passou.
Zeca fica preso durante mais de 15 anos, mas quando sai está determinado a descobrir quem foram as pessoas que o traíram. Quer fazer justiça pelos anos perdidos, mas quer também provar a sua inocência. Quer ter o direito de recomeçar de novo, com a ficha limpa. E se para isso tiver de fazer algo que não deve no caminho, tudo bem: a pena já a cumpriu por antecipação.
Um homem que sabe bem o que quer, sem que isso o torne calculista, frio ou incapaz de sentir ou amar... Talvez isso seja o seu lado feminino a manifestar-se, fruto de ter crescido com uma mãe e quatro irmãs. Afinal, não dizem que as mulheres são feitas para aguentar todo o tipo de provações? Zeca é uma versão de calças destas mulheres lutadoras. O filho que se sacrifica pela mãe. O irmão protetor. O homem que pela mulher que ama roda o mundo. O pai que pela filha se descobre um novo homem, capaz da força de um leão.
Zeca é um hino às mulheres que o educaram, porque o mundo em que vivemos pode ser considerado ainda dos homens, mas é do ventre das mulheres que eles nascem, são elas quem os educam, são a sua maior influência. O que mostra que na realidade o mundo está nas mãos das mulheres, a quem compete fazer dos seus filhos: homens tolerantes, homens amorosos que as amem e respeitem acima de tudo, que as tratem como iguais.
O elenco conta com caras como Fernanda Serrano, Ricardo Carriço, Lia Gama, Maria Emília Correia, Estrela Novais, Ana Guiomar, Graciano Dias, Ana Varela, Sérgio Praia, Sofia Ribeiro e muitos outros.
Produção
José Retré
Direção de Projeto
António Correia
Realização
Joel Monteiro
Rafael Rahal
Roberto Roque
Rodrigo Duvens Pinto
Cenografia
Catarina Amaro
Produção Musical
António Lopes
Sonoplastia
Samuel Silva
Consultoria Geral
José Eduardo Moniz
Uma Produção Plural para a TVI