Neste episódio
Célia (Sofia Ribeiro) impede que Raul (Sérgio Praia) saia de casa e confronta-o com o facto de ter estado a falar com Madalena (Sofia Ribeiro), a mãe de Rita (Beatriz Barosa). Raul fica tenso, sem saber o que dizer.
Eça (Nuno Pardal), Ulisses (Nuno Homem de Sá) e Salomé (Madalena Brandão) ultimam os preparativos para as declarações que vão fazer aos jornalistas. Ulisses está pronto para falar aos jornalistas. Eça e Salomé estão confiantes de que aquela ação vá intimidar Arnaldo (João Lagarto).
Célia pergunta a Raul se está com ela só porque é igual a Madalena. Raul nega e explica que tentou encontrar Madalena porque ela desapareceu de um dia para o outro. Célia entra no quarto, olha em volta e diz que não merece aquilo e desaba num pranto.
Zeca (Graciano Dias) ainda está em choque com o que descobriu. Ema (Ana Varela) mostra-se compreensiva e lembra-o de que Rosa será sempre sua mãe, porque foi ela quem o criou. Zeca não se conforma que Arnaldo soubesse que ele era seu filho e o tenha tratado da forma que tratou.
Fred (Filipe Matos) e Diana (Matilde Reymão) seguiram o carro de Preto (Vítor Norte), que para em frente a um hotel de luxo. Ele sai do carro. Diana tira-lhe fotografias e decide entrar no hotel.
Arnaldo está ao telefone com Filomena (Sofia Nicholson) e esta conta-lhe o que se está a passar no bairro. Arnaldo fica indignado e decide ir ao bairro com as escrituras das casas, para provar que o bairro é todo dele.
Peter (Joaquim Nicolau) fica surpreendido por Célia ter percebido a verdade sozinha e pergunta a Raul se, finalmente, se convenceu de que elas são duas mulheres diferentes. Peter tenta perceber o que é que Raul sente por cada uma delas e aconselha-o a escolher apenas uma e a conquistá-la.
Ema tenta manter a calma, põe a hipótese de Rosa ter mentido, só para Arnaldo tomar conta de Zeca e sugere que fale com Gisela (Carla Vasconcelos), porque talvez ela se lembre de alguma coisa.
Fred (Filipe Matos) prepara-se para entrar no hotel, quando Diana (Matilde Reymão) vem de lá e conta que seguiu Preto (Vítor Norte) até ao quarto, para quando precisar de o procurar já saber onde está.
Célia está a arrumar as suas coisas e Raul pede-lhe para não ir embora por ser completamente apaixonado por ela.
Estela (Isabel Figueira) agradece a Joana (Catarina Rebelo) por ter ficado com ela. Joana conta que estão todos no bairro por causa da conferência de imprensa e que vão usar o facto de Arnaldo ter expulsado São (Estrela Novais) de casa, para tentar parar as obras do novo empreendimento.
Conceição não sabia de nada, fica furiosa e pede para a levarem ao bairro.
Célia tem dificuldade em acreditar em Raul depois de tudo o que descobriu, mas ele diz-lhe que é tudo um esquema de Zeca e de Ema para os separar. Raul diz a Célia que a ama e que é com ela que quer ficar para sempre.
Hélder comenta com Vanda (Fernanda Serrano) que já tinha desistido de encontrar o tal Midas (João Manuel Vieira), mas que Zeca encontrou-o e descobriu que ele usa dois nomes.
Zeca vai ao bairro ter com Gisela e mostra-lhe a carta que descobriu. Gisela fica chocada e diz que não tem memórias desse tempo, mas lembra-se de uma caixa que estava no sótão.
Sobre «Amar Demais»
Quem nunca amou demais? Para todas as mulheres que lutam e tanto se sacrificam para educar bem os seus filhos. Para fazer deles pessoas à sua imagem, homens de bem.
Há quem esteja disposto a dar a vida, ou o seu tempo de vida, para salvar alguém, por amar mais... É assim Zeca, o protagonista. Uma pessoa dotada de valores, com um enorme sentido de justiça, que nem sempre escolhe o caminho provável para ajudar quem ama, mas que nunca tem dúvidas sobre o que é prioritário: proteger os seus. É isso que o leva à prisão, quando aceita dar-se como culpado por um crime que não cometeu em nome de outrem para salvar a vida da sua mãe.
Por a amar demais, Zeca abdica da sua própria liberdade, e do amor que Ema sente por ele. E quando percebe que foi enganado e que o seu sacrifício foi em vão, em vez de se revoltar, é resiliente. E prepara-se para o que será́ o dia do grande embate: o momento em que vai poder fazer justiça por tudo o que passou.
Zeca fica preso durante mais de 15 anos, mas quando sai está determinado a descobrir quem foram as pessoas que o traíram. Quer fazer justiça pelos anos perdidos, mas quer também provar a sua inocência. Quer ter o direito de recomeçar de novo, com a ficha limpa. E se para isso tiver de fazer algo que não deve no caminho, tudo bem: a pena já a cumpriu por antecipação.
Um homem que sabe bem o que quer, sem que isso o torne calculista, frio ou incapaz de sentir ou amar... Talvez isso seja o seu lado feminino a manifestar-se, fruto de ter crescido com uma mãe e quatro irmãs. Afinal, não dizem que as mulheres são feitas para aguentar todo o tipo de provações? Zeca é uma versão de calças destas mulheres lutadoras. O filho que se sacrifica pela mãe. O irmão protetor. O homem que pela mulher que ama roda o mundo. O pai que pela filha se descobre um novo homem, capaz da força de um leão.
Zeca é um hino às mulheres que o educaram, porque o mundo em que vivemos pode ser considerado ainda dos homens, mas é do ventre das mulheres que eles nascem, são elas quem os educam, são a sua maior influência. O que mostra que na realidade o mundo está nas mãos das mulheres, a quem compete fazer dos seus filhos: homens tolerantes, homens amorosos que as amem e respeitem acima de tudo, que as tratem como iguais.
O elenco conta com caras como Fernanda Serrano, Ricardo Carriço, Lia Gama, Maria Emília Correia, Estrela Novais, Ana Guiomar, Graciano Dias, Ana Varela, Sérgio Praia, Sofia Ribeiro e muitos outros.
Produção
José Retré
Direção de Projeto
António Correia
Realização
Joel Monteiro
Rafael Rahal
Roberto Roque
Rodrigo Duvens Pinto
Cenografia
Catarina Amaro
Produção Musical
António Lopes
Sonoplastia
Samuel Silva
Consultoria Geral
José Eduardo Moniz
Uma Produção Plural para a TVI