Neste episódio
A senhora idosa penteia Madalena (Sofia Ribeiro), que está amarrada à cadeira. A escova fica presa no cabelo e ela queixa-se. Madalena lembra-se de alguns momentos que passou com Gabriel (Ricardo Carriço) e chora.
Todos ficam surpreendidos ao ver Rui (Rodrigo Soares), ele conta que Raul (Sérgio Praia) o trouxe a casa e que já sabe que esteve a desenhar com Zequinha.
Ema (Ana Varela) fica muito surpreendida ao saber que Raul foi lá a casa para pedir desculpa a Emília (Dina Félix Costa).
Todos deixam Ema e Luís (Diogo Branco) a sós. Luís só quer dizer que apoia que Ema assuma a presidência do instituto e disponibiliza-se para ajudar no que for preciso. Luís revela que Vanda (Fernando Serrano) não aguentou o peso de ter um filho deficiente e o asfixiou com uma almofada.
Joana (Catarina Rebelo) já partilhou com Fred (Filipe Corte Real) as suas dúvidas em relação a Zeca ser seu pai. Fred acha que não fazem muito sentido, mas aconselha-a a falar com ele. Ema ainda está chocada com o que Luís lhe contou e ele explica que fez terapia e que tinha aquela memória reprimida.
Fred vai ter com Zeca e diz-lhe que precisa de falar com ele sobre Joana. Zeca quer saber o motivo e Fred diz-lhe que ela sente a falta do pai.
Vanda e Filomena (Sofia Nicholson) chegam a casa depois de a terem passado para o nome de Filomena.
Evelina (Susana Arrais) chega à editora, animada com o sucesso que o livro está a ter. Todas ficam sérias ao verem dois inspetores da PJ que pedem para falar com Evelina.
Zeca é apanhado de surpresa por Joana sentir a sua falta e diz que ela devia ter falado com ele. Fred pergunta a Zeca porque é que não visita Joana mais vezes e ele engole em seco.
Ema (Ana Varela) irrompe pela sala adentro e exige falar com Vanda. Ema diz que já sabe de tudo sobre o outro filho dela e Vanda pede a Filomena para sair. A mãe de Joana pergunta a Vanda como foi capaz de tirar a vida a um filho. Vanda finge que não sabe do que Ema está a falar e acusa Luís de andar a espalhar uma mentira. Ema está revoltada por Vanda ter matado o próprio filho e ainda ter lucrado com o instituto.
Sobre «Amar Demais»
Quem nunca amou demais? Para todas as mulheres que lutam e tanto se sacrificam para educar bem os seus filhos. Para fazer deles pessoas à sua imagem, homens de bem.
Há quem esteja disposto a dar a vida, ou o seu tempo de vida, para salvar alguém, por amar mais... É assim Zeca, o protagonista. Uma pessoa dotada de valores, com um enorme sentido de justiça, que nem sempre escolhe o caminho provável para ajudar quem ama, mas que nunca tem dúvidas sobre o que é prioritário: proteger os seus. É isso que o leva à prisão, quando aceita dar-se como culpado por um crime que não cometeu em nome de outrem para salvar a vida da sua mãe.
Por a amar demais, Zeca abdica da sua própria liberdade, e do amor que Ema sente por ele. E quando percebe que foi enganado e que o seu sacrifício foi em vão, em vez de se revoltar, é resiliente. E prepara-se para o que será́ o dia do grande embate: o momento em que vai poder fazer justiça por tudo o que passou.
Zeca fica preso durante mais de 15 anos, mas quando sai está determinado a descobrir quem foram as pessoas que o traíram. Quer fazer justiça pelos anos perdidos, mas quer também provar a sua inocência. Quer ter o direito de recomeçar de novo, com a ficha limpa. E se para isso tiver de fazer algo que não deve no caminho, tudo bem: a pena já a cumpriu por antecipação.
Um homem que sabe bem o que quer, sem que isso o torne calculista, frio ou incapaz de sentir ou amar... Talvez isso seja o seu lado feminino a manifestar-se, fruto de ter crescido com uma mãe e quatro irmãs. Afinal, não dizem que as mulheres são feitas para aguentar todo o tipo de provações? Zeca é uma versão de calças destas mulheres lutadoras. O filho que se sacrifica pela mãe. O irmão protetor. O homem que pela mulher que ama roda o mundo. O pai que pela filha se descobre um novo homem, capaz da força de um leão.
Zeca é um hino às mulheres que o educaram, porque o mundo em que vivemos pode ser considerado ainda dos homens, mas é do ventre das mulheres que eles nascem, são elas quem os educam, são a sua maior influência. O que mostra que na realidade o mundo está nas mãos das mulheres, a quem compete fazer dos seus filhos: homens tolerantes, homens amorosos que as amem e respeitem acima de tudo, que as tratem como iguais.
O elenco conta com caras como Fernanda Serrano, Ricardo Carriço, Lia Gama, Maria Emília Correia, Estrela Novais, Ana Guiomar, Graciano Dias, Ana Varela, Sérgio Praia, Sofia Ribeiro e muitos outros.
Produção
José Retré
Direção de Projeto
António Correia
Realização
Joel Monteiro
Rafael Rahal
Roberto Roque
Rodrigo Duvens Pinto
Cenografia
Catarina Amaro
Produção Musical
António Lopes
Sonoplastia
Samuel Silva
Consultoria Geral
José Eduardo Moniz
Uma Produção Plural para a TVI