O que realmente vale cada percentagem e cada número que se atravessa nas nossas vidas? A resposta às terças, no Jornal Nacional.
Analisámos o conceito de “tax wedge”, ou hiato fiscal, que mostra a proporção entre o que uma empresa paga e o que um trabalhador recebe. Portugal está nos grupos da OCDE com maiores diferenças – e está também entre os países que pagam menores salários médios, mostram dados da Tax Foundation reunidos pela Associação Business Roundtable Portugal. Por exemplo, numa remuneração equivalente a dois salários mínimos, o “hiato fiscal” é de 49%.
Outro exemplo, para aumentar um trabalhador de 1000 para 1500 euros líquidos mensais, a empresa tem de gastar mais 1147 euros: mais 500 euros para o trabalhador e mais 647 euros para o Estado (em retenção de IRS e taxa social única) – que é, pois, quem mais ganha mais com aumentos salariais líquidos. Veja as simulações. (Nota: simulação para um trabalhador solteiro sem filhos, valores excluindo subsidio de alimentação).
O que realmente vale cada percentagem e cada número que se atravessa nas nossas vidas? A resposta às terças, no Jornal Nacional.