Como uma análise à entrevista do novo PGR acabou num confronto sobre liberdade de imprensa

António Garcia Pereira, advogado e subscritor do “Manifesto dos 50”, e Luís Rosa, comentador da CNN Portugal, analisam a primeira entrevista dada pelo procurador-geral da República, Amadeu Guerra.

Garcia Pereira vinca que Amadeu Guerra tem um “estilo diferente do que tinha Lucília Gago, que entendia que não tinha de prestar contas a ninguém e estava no seu pedestal do princípio ao fim”.

Contudo, ressalvou que há pontos que não podem “passar em claro”: “um deles é esta conceção de que, para o Ministério Público, não há prazos”.

Depois de ser descrito por Garcia Pereira como o “defensor oficioso do Ministério Público”, o jornalista Luís Rosa reagiu, criticando a postura do adversário de painel em relação à imprensa: “Não quer uma imprensa livre, não quer uma imprensa plural”.

Ainda assim, há pontos de contacto: Luís Rosa concorda que o estilo de Amadeu Guerra traz mudanças face a Lucília Gago, com uma política de “proximidade” e uma “política de comunicação estruturada”. “Está a recuperar a credibilidade política do Ministério Público”, concluiu.