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“O doutor Luís Montenegro foi o primeiro líder há vários meses a dizer quais eram as condições pelas quais governaria e seria primeiro-ministro”, defende o candidato da Aliança Democrática por Lisboa, Joaquim Miranda Sarmento, a propósito das últimas declarações do secretário-geral do PS.
Num frente a frente com a candidata socialista, Mariana Vieira da Silva, o social-democrata critica Pedro Nuno Santos, que acusa Montenegro de falta de “reciprocidade” no que diz respeito à viabilização de um governo minoritário: “Nem é preciso recuar até 2017, quando dizia que o PS não precisaria mais da direita para governar”.
Remete para a campanha do Partido Socialista em dezembro, quando “Pedro Nuno Santos criticou fortemente José Luís Carneiro, porque tinha um entendimento de que devia haver por parte do PS a possibilidade de viabilizar um governo do PSD, agora da AD”. Depois, para uma semana atrás, quando Pedro Nuno “dizia que inviabilizaria um governo da AD”. Entretanto, segunda-feira, “já disse que não inviabilizaria um governo da AD” e na terça “já disse que governaria, se conseguir formar uma maioria de esquerda”. Finalmente, “hoje à entrada da conferência da CIP disse que afinal voltava a viabilizar um governo da AD e à saída da conferência, passada uma hora, já disse o seu contrário”.
“Pedro Nuno Santos já teve não sei quantas posições e já deu várias cambalhotas”, afirma Miranda Sarmento, reiterando que a AD “está focada em ganhar as eleições e em governar Portugal”. “Já dissemos quais são as condições sobre as quais governaremos: ser a força política mais votada, portanto ter mais votos e deputados do que o PS, e não há qualquer possibilidade de acordo ou entendimento com o Chega”.
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