Paulo Portas analisa a atualidade internacional e traduz os problemas com que nos defrontamos à escala global.
No já habitual comentário Global de Paulo Portas, o comentador da TVI/CNN Portugal olhou para o que se está a passar na China, nos Estados Unidos, a recessão que vai afetar parte do mundo, o mau momento de Liz Truss no Reino Unido e ainda para a guerra na Ucrânia.
O maior destaque foi mesmo para o congresso do partido de Xi Jinping, na China, onde o presidente voltou a verbalizar no seu discurso que "nunca renunciará ao uso da força se for necessário", referindo-se a Taiwan. Paulo Portas realça, contudo, que "os EUA já deixaram claro que Taiwan não cairá como caiu Hong Kong".
“É um discurso de 105 minutos, muito a valorizar as suas políticas e onde, curiosamente, está quase ausente o tema da guerra na Ucrânia e da relação com a Rússia. É possível que este tenha sido um discurso mais interno e que Xi Jinping tenha deixado para mais tarde um sobre a ordem mundial ou que isto signifique ou confirme que há um certo desconforto da China relativamente à ineficiência operacional da Rússia”, referiu Paulo Portas.
O comentador salienta ainda que este ano “vai acontecer à China este ano, algo que não acontece há 30 anos: a China vai crescer menos do que o resto da Ásia, que é sua vizinha ou competidora”. Como anunciado pelo Banco Mundial esta semana, a China poderá crescer apenas 2,8%, em grande medida resultado da política “Covid Zero”.
Portas alerta também para aquilo que classifica como uma "guerra vasta e letal entre a administração Biden e a China" e que assenta na Economia do Futuro. "EUA decidiram proibir qualquer empresa americana de exportar componentes para os semicondutores da China", lembra o comentador, realçando ainda que decidiram também "proibir qualquer empresa do mundo que exporte parcelas dos chips para a China, que tenham componentes americanos, de o fazer".
Quanto ao futuro de Liz Truss em frente ao Reino Unido, Paulo Portas aproveitou o momento para um desabafo: “As pessoas tweetam como votam e votam como tweetam”.
Paulo Portas analisa a atualidade internacional e traduz os problemas com que nos defrontamos à escala global.