A “fífia” de Centeno, que, “tentado pelo seu ego”, achou que ia ser primeiro-ministro “sem ir a votos” (e como “o Banco de Portugal não ganhou nada com isto”)

19 nov 2023

No seu comentário semanal no Jornal Nacional da TVI (do mesmo grupo da CNN Portugal), Paulo Portas comentou a polémica em que Mário Centeno esteve envolvido, dizendo que se tratou de uma “fífia que não devia ter acontecido”. 

Para o comentador, Mário Centeno agiu “tentado pelo seu ego”, deixando-se levar pelo “entusiasmo” da ideia de ser primeiro-ministro sem ir a votos. “Isso é uma anomalia em democracia”, atirou, defendendo que o “Banco de Portugal não ganhou nada com isto”.

“As pessoas perceberam que ele tem uma leitura instrumental do Banco de Portugal. E o Banco de Portugal merece um pouco mais do que isso”, referiu.

Ainda no que diz respeito à política portuguesa, e já olhando para as eleições legislativas do próximo ano, Paulo Portas diz que, se em 2022, o PSD, a Iniciativa Liberal e o CDS se tivessem unido teriam mais dez deputados, um ganho à direita que iria tirar lugares na Assembleia da República à esquerda, mais concretamente oito ao PS e dois à CDU. E isso bastaria para que o PS não tivesse maioria absoluta.

Paulo Portas analisou ainda a decisão do juiz de instrução no Processo Influencer, que ordenou a libertação de todos os detidos, classificando-a como “normal”, mas não como “habitual”. “O juiz de instrução é um juiz de garantia”, cabendo-lhe verificar se o Ministério Público tem fundamento, explicou. 

Paulo Portas analisa a atualidade internacional e traduz os problemas com que nos defrontamos à escala global.

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