“Nenhum destes erros é uma irregularidade, um delito e muito menos um crime”. Para Paulo Portas, as falhas de Montenegro não eram suficientes para fazer cair o Governo

Paulo Portas considera que a polémica com a empresa familiar de Luís Montenegro é uma crise que “era evitável”. Para o comentador, o primeiro-ministro fez um “erro de avaliação” ao não ter tomado a decisão de fechar a Spinumviva quando assumiu o cargo.

Portas destaca ainda um “erro de comunicação”, argumentando que havia condições para Montenegro ter prestado as informações há semanas. “O arrastar levou a uma situação de tensão que é desproporcionada”, justifica.

“Nenhum destes erros é uma irregularidade, um delito e muito menos um crime”, resume. Para Portas, não é razão para deitar abaixo um Governo.

O comentador considera que esta situação “torna mais exigente a governação e torna maior o escrutínio”. Já sobre a solução encontrada por Montenegro para ultrapassar a crise política, com a sugestão de uma moção de confiança, classifica-a como “engenhosa”.