18 fev 2023
Paulo Portas critica o plano de habitação apresentado esta semana pelo Executivo de António Costa. Apesar de reconhecer que “há coisas certas” no plano, o comentador da TVI considera que o primeiro-ministro fez um “enorme erro de avaliação do país”.
“Como dizia um amigo meu com muito sentido de humor: nós já sabíamos o que era a Remax, agora passamos a saber o que é o dr. António Costa transformado em 'Re-Marx'”.
Segundo o comentador da TVI, Portugal é um país de pequenos e médios proprietários. “Por muito que isso custe a certas orientações ideológicas, os portugueses são muito vinculados à ideia de ter uma casa sua”.
“António Costa não se tornou primeiro-ministro há um mês, está há sete anos no cargo”, atira Paulo Portas, dizendo que “o currículo que pode apresentar em matéria de construção de habitação, e de construção de habitação social que é o coração de dever do Estado nesta matéria, tanto o central como o local, é pobre”.
“O Estado não pode tomar conta da casa das pessoas, a não ser em circunstâncias de deterioração extrema, muito precisas e concisas”, diz, referindo que pode haver inconstitucionalidade. António Costa “arranjou um problema” com proprietários e inquilinos, com o turismo e com os imigrantes, atira.
Paulo Portas diz ainda que o primeiro-ministro “pode ter arranjado um problema com o Tribunal Constitucional”. “Só nos faltava termos um primeiro-ministro que, em 2023, não tem uma visão correta, sendo jurista, do que é a propriedade privada”.
“Suspeito que uma parte destas coisas, no detalhe da lei, será pouco parecido com o powerpoint apresentado”, diz, referindo-se ao que sairá do novo Conselho de Ministros.
Sobre a guerra, tema com o qual começou o Global deste sábado, Paulo Portas destaca a “forma expressiva e mais nítida” como o número dois da administração dos Estados Unidos defendeu que “não se pode evitar, nem se deve evitar negociações de paz o mais cedo que possa acontecer”.
O comentador da TVI, a propósito do primeiro ano da invasão russa à Ucrânia, destaca que há quatro discursos aos quais todos devem prestar atenção, começando pelo de Volodymyr Zelensky, mas também de Vladimir Putin, que falará aos russos no dia 21. Também Joe Biden irá discursar em Varsóvia, na Polónia, no dia 24. O presidente chinês está também a preparar uma declaração.