O Jornal Nacional é marcado por um jornalismo atento e responsável, que se preocupa com os verdadeiros problemas do nosso tempo e das nossas vidas e os trata de forma profissional e séria.
Conteúdo em língua gestual portuguesa (LGP).
Aos 44 anos, Mayra Santos, nadadora de águas abertas, é mundialmente reconhecida. No Brasil chamam-lhe a Rainha das Águas Livres. A atleta luso-brasileira vive na Madeira há 20 anos e tem o nome inscrito no livro dos recordes – Guiness Book. Tem ainda, outros recordes registados. “Numa piscina, nadando 31 horas e sete minutos, sem parar, é como se eu tivesse nadado 90 quilómetros, mas o que me trouxe maior visibilidade foi ter feito a travessia Porto Santo – Madeira, fui a única mulher a concluir”, lembra. Quando lhe perguntamos porque é que tem Nova Iorque no coração, o rosto ilumina-se ainda mais e numa gargalhada responde “fiz duas voltas, porque a primeira não podia ver tudo.”
É com uma boa disposição contagiante e auscultadores postos que treina, diariamente, às seis da manhã. Primeiro em casa, na piscina com simulação de corrente e a seguir no mar. Há quem tenha no quintal uma horta, a Mayra tem uma piscina especial. “Sim, além da corrente, que me permite nadar sem sair do lugar, tem, no fundo da piscina, um espelho, onde posso ver-me, ver a braçada e afinar a técnica, para depois ir para o mar preparada”, diz.
Afinada está também, a mente da Mayra. Confessa que “nadar dá-me vida, o meu objectivo é sempre fazer o que nunca ninguém fez. E o meu mindset é sempre o desafio, procurar superar-me e influenciar as pessoas, para que percebam que nunca é tarde para descobrirem a sua paixão.” E desengane-se quem pensa que a atleta compete com outros nadadores ou para conquistar prémios. Mayra garante: “o meu maior adversário é a mente, a mente, mente-nos. Quando vem as dores, eu sei que é a mente a enganar-me e procuro imaginar outras coisas, e é assim que me ultrapasso, sou eu o meu pior adversário.”
Nada agora a bom ritmo para o próximo desafio que é o de ser a primeira nadadora a fazer a volta à ilha do Porto Santo. Ou seja, aproximadamente 10 horas de nado consecutivo, a percorrer 32 quilómetros de mar agitado, sobretudo na costa norte. Uma preparação para outro sonho, o de concluir a maior travessia do mundo em águas abertas. Um feito que quer realizar “em três noites, sem parar, sem fato isotérmico, de preferência na Madeira, mas se não puder ser, que seja onde for, mas eu sei que posso, que estou preparada e que consigo!”, remata.
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