Um longo adeus: a pandemia tirou dignidade à morte

24 fev 2021

Uma reportagem de Andreia Jorge Luís, com imagem de David Félix e edição de imagem de Filipe Freitas

O mês de janeiro foi o mais mortal desde que há registo (desde 1980) e a pandemia foi a grande responsável. Em apenas 31 dias morreram mais de 5.500 pessoas de Covid-19.

 

A maioria das mortes registaram-se na região de Lisboa e Vale do Tejo e este número teve um impacto dramático no número de funerais e cremações que se realizaram no primeiro mês do ano. Os crematórios não aguentaram a pressão e as famílias tiveram que esperar pelo menos uma semana por uma vaga o que fez prolongar a dor de quem perdeu quem mais amava para a COVID-19.

 

A pandemia roubou uma despedida digna: os corpos não podem ir à igreja e não chegam sequer a ter um velório. As famílias despedem-se na rua, no exterior dos crematórios e a despedida tornou-se num “longo adeus”.


A reportagem é de Andreia Jorge Luís, com imagem de David Félix e edição de imagem de Filipe Freitas.

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