Neste episódio
José Diogo (Pedro Sousa) apanha Mónica (Catarina Nifo) em flagrante e fica em choque. Percebe que tem sido ela a atacar Mariana (Matilde Reymão). Mónica diz que é só a segunda vez e que há mais gente que odeia Mariana, mas assume que foi ela que colocou o sangue na cama. Mónica explica que o fez para os afastar, mas eles são teimosos. Mónica diz que Mariana é que devia ter morrido no incêndio que houve ali em casa. José Diogo fica em choque.
Hacker entrega a Virgílio (Diogo Morgado) toda a informação que conseguiu sobre Aruna (Noua Wong). Conta-lhe que chegou há duas semanas com o irmão e que provavelmente sofreu um abuso sexual na Índia. Virgílio continua perplexo com a parecença dela, com a mulher do quadro que estava a pintar.
Sanjay (Mário Oliveira) e Aruna estão agora a comer maçãs que Sanjay apanhou num quintal. Ele diz que Laura (Alexandra Lencastre) foi incrível com ele e não o vai despedir, já lhe deu um cartão de refeição e não tarda muito para terem o frigorífico com comida. Aruna diz que viu um folheto a pedirem uma professora de dança para um ginásio e está a pensar concorrer. Sanjay apoia-a.
José Diogo olha para Mónica horrorizado e diz-lhe que é doente. Mónica assume que sempre foi apaixonada por ele e que Mariana o roubou dela. José Diogo afirma que nunca ia olhar para Mónica dessa forma porque são irmãos. Mas ela não o vê assim e vai fazer tudo para ficarem juntos. José Diogo avisa que isso nunca vai acontecer e nunca mais quer olhar para ela.
José Diogo deita-se na cama com Mariana e abraça-a com mais força para garantir que está ali e que está bem. Mariana percebe que ele está nervoso e José Diogo assume que tem algumas preocupações de irmão mais velho. Acaba por dizer que se vai afastar de Mónica por não concordar com muitas coisas que ela faz e que já puseram Mariana em perigo. José Diogo bloqueia o número de Mónica e Mariana estranha.
Clarice (Fernanda Serrano) faz um esforço para fechar a sua mala. Mónica chega a casa e pergunta à mãe onde vai. Ela ganha coragem para lhe contar que arranjou emprego e que têm de sair daquela casa. Mónica não aguenta tantos golpes e começa a chorar. Clarice fica com pena da filha, mas não pode voltar atrás e promete apoiá-la o máximo que conseguir.
Mariana conta a Virgílio que já tem um espaço para o restaurante e a cozinha já está pronta. Mariana tem muitas saudades de cozinhar e proporcionar bons momentos aos seus clientes, mas sente-se mal por deixar a avó mais sozinha. Virgílio diz-lhe que contrataram uma empregada e Mariana fica mais descansada. Mariana pergunta se Laura já viu o seu projeto, mas acha que ela o vai recusar.
Margarida (Inês Herédia) fica surpreendida por Laura querer aprovar o projeto de Mariana, pois pensou que não o ia aprovar, por estarem chateadas. Laura diz que sabe separar as águas, ao contrário do que pensam.
Clarice chega ao palacete animada. Vê Benedita (Maria do Céu Guerra) em pé e vai logo ajudá-la para não fazer esforços. Clarice pede desculpa pelo atraso e diz que não volta a acontecer. Benedita pede a Irene (Sílvia Filipe) para mostrar o serviço a Clarice. Irene mostra os produtos de limpeza a Clarice. Ela fica maravilhada com os bolos que vê e por terem sido feitos ali em casa, mas não tão maravilhada por ter de ser ela a lavar a loiça. Clarice diz que já trata da loiça, mas agora quer ir ver os quartos. Clarice entra no quarto de José Diogo e gosta do que vê. Diz que vai dar um bom closet.
Clarice entra no quarto de Laura e é inevitável sentir um impacto. Vê uma foto de Laura jovem e recorda-se de quando a viu grávida, depois de ter abortado. Clarice olha para as coisas de Laura e sorri, pois, acha que agora é a vez dela.
FLASHBACK: Clarice assiste a Laura a sair do palacete com Carlos. Clarice olha para o casal, a passear na rua, apaixonado. Laura está grávida. Carlos põe a mão na barriga de Laura, muito apaixonado. Clarice coloca a mão na sua barriga que está lisa e olha para o casal com ódio.
Sanjay está pronto para sair e Aruna quer acompanhá-lo à rua, mas quando vai para sair, trava. Há qualquer coisa que a impede de sair com descontração. Sanjay diz-lhe que não precisa de sair enquanto não se sentir confortável, mas ela quer forçar. Virgílio está a olhar para a casa de Aruna quando ela e Sanjay saem. Virgílio e Sanjay reconhecem-se da fábrica. Sanjay vai trabalhar e Virgílio fica a falar com Aruna. Ele pede-lhe para ir com ele a um sítio, mas Aruna fica com medo e ameaça chamar a polícia. Virgílio diz-lhe que não é preciso e mostra-lhe o quadro que tem andado a pintar, mesmo antes de a conhecer. Aruna fica atónita.
Virgílio levou Aruna ao seu estúdio para ver o quadro, mas ela ainda está muito desconfiada e hesita em entrar. Virgílio deixa a porta aberta para que Aruna se sinta mais confortável. Aruna fica muito espantada com o quadro e diz que devem ter alguma ligação kármica. Virgílio gostava de falar mais com Aruna, para perceber o que os liga e pede-lhe o número de telemóvel, mas Aruna diz que não tem.
Clarice limpa o pó, mas está mais interessada em ver TV do que propriamente no seu trabalho. Benedita apercebe-se e fica desagradada. Clarice faz-se de vítima e diz que desde que se separou que a TV tem sido a sua grande companhia. Clarice conta que a senhoria lhe quer aumentar a renda e pergunta se pode alugar um quarto ali em casa. Benedita acha prematuro.
Gonçalo (João Bettencourt) conta a Vitória que a mãe praticamente o colocou fora de casa e sugere irem morar juntos. Vitória diz que não é o melhor momento, pois Duarte (Duarte Gomes) nem sequer sabe do namoro deles e anda desestabilizado porque há uma nova cirurgia que o pode fazer voltar a andar, mas é muito cara.
Jorge (Paulo Pires) chega a casa com Laura vendada e a sua mala de viagem. Jorge diz-lhe que pode tirar a venda e Laura olha confusa para a casa onde está. Laura pergunta que casa é aquela e Jorge diz-lhe que é a nova casa deles.
Sobre «A Protegida»
No coração do interior alentejano, Mariana e José Diogo são duas crianças cujos contextos não podiam ser mais diferentes: ela é fruto de uma relação carinhosa; ele, órfão. Ela tem na família, um porto seguro para onde correr quando se magoa; ele só pode correr para ela. Cruzam-se por um inevitável querer do destino: ele está constantemente a fugir do orfanato que faz fronteira com o palacete da avó dela. Por muito que as regras os tentem separar, as duas crianças orbitam uma em torno da outra com uma força que ninguém consegue explicar ou parar. Complementam-se. José Diogo nunca conheceu um amor como aquele, tão incondicional. Mariana fá-lo rir, é carinhosa com ele, parecem falar uma língua só deles e, muitas vezes, têm a certeza de conseguir adivinhar os pensamentos do outro.
Seja qual for a matéria de que são feitas as almas, as de Mariana e José Diogo são a mesma.
Os dias que passam juntos voam, as horas separados arrastam-se. Os dois correm pelos campos de oliveiras de Vale do Rio, assustam-se no Forte da Graça em Elvas e imaginam o passado no Castelo. A terra que se dá a quem a ama é palco de um amor infantil, secreto e que marcará a vida de ambos para sempre. Benedita, a avó e matriarca da família de Mariana, é a primeira a perceber a conexão entre os dois. Envolve-os em carinho e em comida. À volta de Mariana e José Diogo há um constante cheiro a amor e receitas que têm como único objetivo colorir os dias das crianças, que se entorpecem num afeto com sabor à tradição alentejana.
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