Mutilação genital feminina "assenta numa visão muito desvalorizadora da mulher e não tem qualquer razão médica - mas há boas notícias"

6 fev 2024

As autoridades de saúde detetaram mais de 230 casos de mutilação feminina em 2023, o que corresponde a um aumento de 17% face ao ano anterior.

De acordo com a Direção-Geral da Saúde (DGS), só em janeiro do ano passado foram registados 15 casos, sendo que nenhum foi praticado em Portugal. Mónica Ferro, diretora do Escritório de Londres do Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA), reconhece as dificuldades de eliminar esta prática, “que assenta numa visão muito desvalorizadora da mulher e que não tem qualquer razão médica”. Ainda assim, salienta que “temos hoje razões para celebrar”, uma vez que hoje em dia “há menos meninas em risco de serem sujeitas à prática de mutilação genital feminina do que há 30 anos”.

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