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É difícil de acreditar, mas a hipótese da maior falésia de Portugal continental causar um tsunami com “riscos importantes para a sociedade, em termos de vidas humanas e de impactes económicos significativos", está escrita no processo de uma das maiores pedreiras do Parque Natural da Arrábida, numa informação assinada pelo maior especialista em Geologia da zona.
Uma investigação do Exclusivo da TVI revela que com uma licença do Estado para chegar onde chegou, a pedreira da Mata Redonda cresceu ao longo de décadas, até aos limites da licença, ou seja, até uma centena de metros de uma arriba com quase 300 metros de altura.
Não muito longe fica uma falésia ainda maior: o topo da Serra do Risco, também no Parque Natural da Arrábida, um monte que também acaba num precipício - com 380 metros é o ponto mais alto da costa de Portugal Continental e a maior falésia de calcário da Europa.
Após o acidente mortal numa pedreira de Borba, no Alentejo, em 2018, e um alerta do principal perito em Geologia da Arrábida e presidente da Sociedade Geológica de Portugal (que detetou o problema quando preparou, em 2014, a candidatura da Arrábida a património mundial), a Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) e o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) obrigaram a dona da pedreira a fazer um estudo que cinco anos depois ainda não está concluído.
Será esse estudo que vai confirmar se existem ou não condições de segurança para manter a licença de exploração. Até lá, a empresa dona da pedreira continua em laboração, mas aceitou afastar os trabalhos da arriba.
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