Global: escândalo do Catargate "prova que o Parlamento Europeu, comparando com a Comissão Europeia, parece significativamente mais vulnerável"

18 dez 2022

No Global desta semana, Paulo Portas começou por “começar e acabar com motivos de esperança”, mas não deixou de destacar o “escândalo” que tem marcado o Parlamento Europeu nos últimos dias.

“Acho que este escândalo, que o é em si mesmo, a primeira coisa que prova é que, ao contrário do que muitas vezes se ouve, é que a justiça belga funcionou. E funcionou em relação com os serviços secretos, que conheciam estas atividades, ou que, pelo menos, estas indiciavam, desde junho”.

Mas não só: para o comentador, o chamado Catargate “prova que o Parlamento Europeu, que está todos os dias a pedir mais poderes, tem de olhar para os seus deveres. Comparando com a Comissão Europeia, parece significativamente mais vulnerável”.

Paulo Portas congratulou ainda o facto de a Alemanha ter dado um "passo histórico" ao abrir o primeiro terminal de gás natural liquefeito sem a Rússia, mas decidiu começar e terminar o seu comentário semanal com duas boas notícias.

A primeira, e que mereceu destaque de abertura, disse respeito à fusão nuclear, a que chamou “progresso muito significativo”. 

“Há 60 anos, pelo menos, que os cientistas procuram resultados que sejam aplicáveis à sociedade da chamada fusão nuclear. Do ponto de vista do progresso de condições melhores para a humanidade, costumo dizer que confio muito mais na ciência e na inovação do que, muitas vezes, nas decisões dos governos”.

No final, Paulo Portas quis destacar outros avanços científicos, desta vez relacionados com a Medicina. A tecnologia que levou a Moderna, a BioNtech e a Pfizer a criar vacinas contra a covid-19, o RNA mensageiro, “tem aplicações noutras doenças e começou a ser testado em ensaios clínicos 2B, já bastante avançados, em casos de melanoma”, disse. 

“É muito positivo o progresso dos resultados, pois há uma queda do risco de 44% quando comparado o único medicamento que existia anteriormente”, frisou, apesar da ressalva de e o ensaio ter sido feito com 157 pacientes e em tumores retirados por cirurgia e necessitar ainda de revisão por parte dos pares.

Paulo Portas analisa a atualidade internacional e traduz os problemas com que nos defrontamos à escala global.

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