Neste episódio
Joana (Marina Mota) chora e diz a Elvira (Ana Bustorff) que só quer paz naquela casa. A governanta lembra que Catarina (Maria José Pascoal) lhe roubou o direito a ser feliz e abraça Joana.
Mateus (Pedro Sousa) deitado e amarrado numa cama, quer falar mas está sedado.
Sandra (Marta Faial) dorme agarrada à camisola de Carla (Ana Sofia Martins), lembra-se do que aconteceu e chora desesperada.
Patrícia (Leonor Seixas) prepara-se para fechar o café. Nuno está bêbado, ela tenta acordá-lo e ele só pede whisky. Maria (Mafalda Marafusta) aparece, e aconselha Patricia a deixa-lo ali.
Decorre o funeral de Carla, Nuno desfeito em lágrimas, está acompanhado pelo irmão. Os agentes funerários preparam o caixão para ser levado por Nuno, Machado, Lucas (Filipe Vargas), Carlos (João Vicente), Hugo (Rodrigo Paganelli) e Alfredo (Luís Esparteiro), o cortejo fúnebre avança. Nuno chora, Machado promete acertar contas com quem fez isto.
Sandra diz que a mãe não veio porque não teve coragem de enterrar a filha. Elvira recorda o casamento de Carla e Marcos (Pedro Teixeira), sabe que ele gostava muito dela, e lamenta o estado a que a família Santa Cruz chegou.
Os presentes do enterro abandonam o local e Marcos ajoelha-se junto à campa de Carla, e num momento de fúria desfaz uma coroa oferecida por Nuno. Chora e deita-se em cima da sepultura como se ficasse abraçado a ela.
Lucas agradece a Gouveia por ter denunciado Catarina e Mateus, por não compactuar com criminosos, avisa que Marcos também vai ser acusado de homicídio involuntário e Lucas vai ter de tratar do seu futuro.
Sandra ajuda Diogo (Luís Henrique) e Pilar (Maria Marques) a fazer os trabalhos de casa. Eles comentam as saudades que têm da mãe, do tio e da avó, mas Sandra avisa que vão ficar ali até Lucas ir embora. Sandra vê Marcos e grita com ele. Lucas fica espantado ao ver Marcos, que lhe diz que só quer despedir-se dos filhos, antes de se entregar à policia, mas Sandra não deixa e leva os sobrinhos para a cozinha.
Maria aproxima-se de Isabela (Inês Herédia) e aconselha-a a aproveitar-se por estar casada com Mateus. Isabela fica confusa e acha que não tem jeito para ser patroa e Maria oferece-se para ensiná-la.
A GNR algema Marcos, enquanto ele lamenta o que aconteceu. Diz que nunca quis matar Carla, por ela ser o amor da vida dele. Marcos promete mudar pelos filhos, e é levado pela GNR.
Elvira deita-se em cima da cama refastelada, acende um charro e sorri sonhadora com as mudanças que estão por vir.
Joana vai até ao café e pede a Alfredo para voltar para casa, mas ele nega e pede-lhe para se habituar a estar sem ele, deixando Joana desolada.
Lucas com as malas preparadas, despede-se de Carlos. Ele lamenta que vá embora sem Vitória, mas o pai de Ana (Madalena Aragão) afirma que não vai adiar a vida dele por mais ninguém e que precisa afastar-se da herdade. Carlos promete mantê-lo informado de tudo e abraçam-se.
Maria dirige-se a Lucas e diz que Vitória sujeitou-se a tudo pelo amor que sente por ele e ele nem lhe dá uma oportunidade. Entrega-lhe uma pen e avisa-o que se é tão diferente dos irmãos devia ouvir a versão dela e perceber se merece o amor dela ou não passa de um ingrato. Lucas decide ver os vídeos, onde Vitória conta que é Margarida e fez tudo para se vingar, mas que apaixonou-se por ele e, por isso, cometeu muitos erros. Lucas perturbado, não consegue ver mais e guarda a pen.
Vitória continua em coma, ligada às máquinas. O monitor dá sinal de alerta de ausência de batimentos cardíacos. Cartaxana entra disparado para tentar reanimá-la e faz uma nova descarga elétrica.
Passado um ano, Vitória faz prova de esforço e Cartaxana está satisfeito com os resultados e abraçam-se felizes com recuperação dela.
Vitória sai determinada do hospital, entra para o carro, retoca os lábios com batom colorido e envia mensagem a Ana. Vitória dirige-se à associação onde trabalha, é recebida por Inês que lhe conta que têm um novo caso: Rute que foi violada pelo namorado e um amigo dele.
Sobre «Quer o Destino»
QUER O DESTINO é a história de amor e de vingança de uma mulher que, já adulta, regressa ao local onde foi violada e onde virá a ser surpreendida com a sua capacidade de superação e, também, com algumas das mais vis expressões de maldade humana.
A vida de Vitória, uma jovem ribatejana apaixonada por animais e pela arte da falcoaria, dá uma volta de 180 graus no dia em que é violada e assiste ao homicídio do pai. Com receio de ser também morta, e com o desejo de esquecer tudo o que tinha passado, Vitória foge para Lisboa, com a firme decisão de nunca mais pisar a sua terra natal. Como a vida dá muitas voltas, 14 anos depois, Vitória regressa à casa de família dos seus violadores. É enfermeira e fisioterapeuta da mãe desses homens, Catarina, que sofreu um AVC e está em recuperação. Apesar da dureza de carácter, Catarina, a matriarca da família Santa Cruz, deixa-se prender pela simpatia e pela dedicação de Vitória. Fará tudo por ela até ao momento em que percebe que a sua vida pode pôr em risco a vida dos próprios filhos.
Carlos, o capataz da Herdade do Cruzeiro, herdade dos Santa Cruz, namorado de adolescência de Vitória, reconhece-a de imediato, apesar da sua profunda alteração física e psicológica. Depois de saber o que aconteceu 14 anos antes, Carlos põe-se à sua disposição para a descoberta de toda a verdade, com uma única condição: não quer participar em vinganças. No entanto, no decurso da novela, Vitória será constantemente surpreendida com o que é capaz de fazer para vingar a morte do pai e pela forma como uma paixão recente, mas intensa, lhe permite retomar o curso normal da sua vida, de certa forma em suspenso desde a violação.
Esta protagonista, fruto do seu passado, fará muitas coisas criticáveis mas, em boa verdade, será impossível não simpatizar com ela. Apesar do seu percurso sinuoso, consegue vencer os seus medos e os seus inimigos.
