Neste episódio
Rita (Maya Booth) conseguiu arrancar a confissão a Vitória: ela disse que foi violada por três dos irmãos Santa Cruz e que está ali para se vingar, mas Cartaxana está fora disto tudo.
Sandra (Marta Faial) aproxima-se de Hugo (Rodrigo Paganelli). Ele conta-lhe que namora com Madalena (Anna Eremin). Ela tenta disfarçar o incómodo e avisa-o de que vão ter de reunir com Isabela.
Mateus (Pedro Sousa) recebe uma chamada de Gouveia a avisar que Carlos (João Vicente) alterou o depoimento, que não se lembra do que aconteceu e que brevemente deve ser libertado. Vitória (Sara Barradas) ignora a conversa e retoma os exercícios. Mateus indica-lhe que a conhece desde sempre, deixando Vitória incomodada.
Marcos (Pedro Teixeira) recebe Rita com champanhe. Ela conta que conseguiu arrancar a confissão a Vitória e que Catarina vai despedi-la.
Vitória sente o cerco a apertar e Maria (Mafalda Marafusta) aconselha-a a pegar em Lucas (Filipe Vargas) e em Ana (Madalena Aragão) e sair dali. João bate à porta para falar com Vitória.
Maria encontra Elvira (Ana Bustorff) a vasculhar o seu quarto e pergunta pela sua erva. Maria diz que deu tudo a Patrícia (Leonor Seixas) para colocar nos bolos.
Patrícia, animada, cheira encantada o aroma dos bolos acabados de fazer.
João revela que entende porque Vitória defende Carlos e ela confirma que sabe o que os irmãos Santa Cruz fizeram a Margarida. João, envergonhado, conta que gostava de falar com Margarida e de lhe pedir desculpa, por não ter impedido os irmãos do que fizeram. Vitória fica arrasada por descobrir que João não fez parte da violação.
Joana (Marina Mota), melancólica, vê uma fotografia de família. Vitória entra e promete não lhe roubar muito tempo.
Elvira entra apressada no café e tenta impedir Patrícia de comer o último bolo.
Joana desabafa com Vitória. Ela diz-lhe que acredita na inocência de Carlos e abraçam-se comovidas.
Vitória (Sara Barradas) tem um ataque de pânico: começa a correr sem parar, recorda vários momentos negativos, tropeça e cai exausta, fica estendida no chão num choro de desespero. Alguém se aproxima e chama-a de Margarida.
Vitória pergunta a Cacilda (Eunice Muñoz) como sabe quem ela é. Ela revela que é igual à sua mãe. Cacilda revela que não disse nada antes porque o silêncio vale ouro. Vitória desabafa com ela.
Carlos é levado por um guarda para fora da cela, porque vai ser transferido para o estabelecimento prisional.
Catarina (Maria José Pascoal) avisa Mateus (Pedro Sousa) que está a tratar do assunto de Vitória e liga a Marcos (Pedro Teixeira).
Mateus diz que não queria Marcos envolvido no assunto por ser impulsivo, mas Catarina indica que ele também tem de assumir a parte dele.
Patrícia (Leonor Seixas) trauteia música, dança e ri-se de si própria. Nuno entra e pergunta se pode levar os bolos tradicionais. Ela indica que esses já acabaram. Patrícia pergunta se Nuno é advogado e pede-lhe ajuda no processo do filho de um amigo.
Patrícia, ao telefone com Alfredo (Luís Esparteiro), diz-lhe que arranjou um advogado para Carlos. Joana (Marina Mota) tenta tirar-lhe o telemóvel, mas ele acaba por desligar.
Carlos recorda Mateus a apunhalar-se, sente-se sozinho e derrotado, sem conseguir adormecer.
Vitória prepara-se para dormir, repara numa moldura de Mateus e de Catarina e vira-a para baixo. Coloca uma cadeira junto à porta, para impedir alguém de entrar. Vitória tem um pesadelo e acorda sobressaltada.
Lucas (Filipe Vargas), a dormir, é interrompido por Vitória que chora por causa do pesadelo. Lucas sossega-a e tenta fazê-la rir. Vitória beija-o com amor e desejo. Lucas corresponde. Vitória sente que chegou a hora de se entregar, deixa-se levar pela magia do momento e fazem amor.
Vitória agradece a Lucas por ter mandado embora os seus fantasmas e, mesmo sabendo que Lucas não quer namorar com ela, conta-lhe que aquela noite foi muito importante, dá-lhe um último beijo e sai.
Sobre «Quer o Destino»
QUER O DESTINO é a história de amor e de vingança de uma mulher que, já adulta, regressa ao local onde foi violada e onde virá a ser surpreendida com a sua capacidade de superação e, também, com algumas das mais vis expressões de maldade humana.
A vida de Vitória, uma jovem ribatejana apaixonada por animais e pela arte da falcoaria, dá uma volta de 180 graus no dia em que é violada e assiste ao homicídio do pai. Com receio de ser também morta, e com o desejo de esquecer tudo o que tinha passado, Vitória foge para Lisboa, com a firme decisão de nunca mais pisar a sua terra natal. Como a vida dá muitas voltas, 14 anos depois, Vitória regressa à casa de família dos seus violadores. É enfermeira e fisioterapeuta da mãe desses homens, Catarina, que sofreu um AVC e está em recuperação. Apesar da dureza de carácter, Catarina, a matriarca da família Santa Cruz, deixa-se prender pela simpatia e pela dedicação de Vitória. Fará tudo por ela até ao momento em que percebe que a sua vida pode pôr em risco a vida dos próprios filhos.
Carlos, o capataz da Herdade do Cruzeiro, herdade dos Santa Cruz, namorado de adolescência de Vitória, reconhece-a de imediato, apesar da sua profunda alteração física e psicológica. Depois de saber o que aconteceu 14 anos antes, Carlos põe-se à sua disposição para a descoberta de toda a verdade, com uma única condição: não quer participar em vinganças. No entanto, no decurso da novela, Vitória será constantemente surpreendida com o que é capaz de fazer para vingar a morte do pai e pela forma como uma paixão recente, mas intensa, lhe permite retomar o curso normal da sua vida, de certa forma em suspenso desde a violação.
Esta protagonista, fruto do seu passado, fará muitas coisas criticáveis mas, em boa verdade, será impossível não simpatizar com ela. Apesar do seu percurso sinuoso, consegue vencer os seus medos e os seus inimigos.