Neste episódio
Catarina chega e Joana (Marina Mota) atira-lhe as culpas de tudo o que os filhos fizeram. A Santa Cruz nega que tentou matar Mateus, mas Isabela (Inês Herédia) não acredita numa única palavra dela e sai com Joana.
Lucas (Filipe Vargas) arranja-se para sair, enquanto conta ao telemóvel a Vitória (Sara Barradas), que Ana (Madalena Aragão) adormeceu.
Catarina está indignada ao ver Elvira (Ana Bustorff) com a sua roupa e a governanta manda-a ir servir-se senão morre à fome.
Rita (Maya Booth) conta a Lucas que apanhou João (Isaac Alfaiate) a roubá-la. O engenheiro agradece por ela ter dado comida ao irmão e Rita insinua que podiam matar saudades.
Vitória comenta com Machado a ideia de fazer sessões de apoio a vítimas de violência ali em Salvaterra, e, eventualmente, encontrem mais vítimas de Mateus que tenham medo de falar.
Elvira acaba de fazer bolos com canábis, Lucas entra e tenta roubar um, mas a governanta não deixa.
Patrícia (Leonor Seixas) oferece o café para as sessões de Vitória e ela sorri como forma de agradecimento.
Rita fala com Maria Teresa e recorda a rejeição de Lucas, mas acha que as duas juntas ainda vão conquistar o mundo.
Carlos (João Vicente) vê uma embalagem de veneno para ratos, mas Madalena (Anna Eremin) avisa-o que aquilo é perigoso. O filho de Joana diz que está habituado, pois cresceu com veneno à volta da sua vida.
Ana vê os bolos de Elvira e ela impede-a de comer. Joana estranha sobre o que está nos bolos, mas a governanta diz que é uma receita especial.
Marcos mostra fotografia de Maria Teresa a Mateus, e conta-lhe que é filha dele e de Rita. O irmão afirma que a mãe roubou-lhes a oportunidade de verem os filhos crescer.
Catarina tenta dormir e pede um chá a Isabela, mas ela avisa-a que não é criada dela. A Santa Cruz diz a Joana que está ofendida com ela, pois virou-lhe as costas quando lhe deve lealdade. A ex-companheira de Alfredo (Luís Esparteiro) não perdoa aquilo que Catarina fez ao filho e a forma de como os tratou. Joana manda-a servir o chá sozinha.
Elvira fuma um charro enquanto fala ao telemóvel com Cartaxana (Luís Lucas), e diz-lhe que espera que ele não a deixe de visitar por causa da mãe de Lucas.
Joana tira o avental e avisa que Catarina merece o inferno na terra. A Santa Cruz fica indignada com a forma de como Joana está a tratá-la. Catarina senta-se sozinha à mesa e sente que está a ficar maluca, pois ninguém fala com ela.
Joana entra no café de braço dado com Ornelas e pede-lhe para não cometer nenhuma gafe para não serem apanhados. Patrícia dá uma cotovelada a Alfredo para reparar no recente casal da região e o pai de Hugo (Rodrigo Paganelli) perde o sorriso.
Alfredo pergunta a Joana se o Ornelas não é muito novo para ela, a ex-companheira acha que ele só pode estar a gozar e quer sair dali.
Enquanto Machado analisa relatórios, Patrícia entra e pergunta se precisa de alguma coisa. Ele responde que não, mas a empresária insiste para ele fazer uma pausa no trabalho e beijam-se.
Marcos aproxima-se de Catarina e ela diz-lhe que um ano de prisão é pouco para o que fez. O pai de Pilar e Diogo acha-se um sortudo por não ter ficado com ela e Mateus, pois poderia ter corrido risco de vida. Catarina não gosta do que ouve e dá-lhe um estalo.
Maria ajeita o decote e inclina-se para a porta de Machado, repara que está trancada e desiste.
Marcos lamenta ter o sangue de Catarina nas veias, afirmando que a odeia e o que mais deseja é tornar-se um homem digno e bom. A mãe reage com sarcasmo e Marcos afasta-se.
Patrícia entra ainda a ajeitar-se e repara que Maria está a comer de novo. A dona do café pergunta se não devia estar a ensaiar, a cantora afirma que não precisa e pergunta pelo inspetor, pois gostava de saber como funciona a pulseira eletrónica.
Catarina sobressalta-se ao ver Mateus e percebe que ele fugiu. A Santa Cruz abraça-o, mas ele afasta-a. O veterinário diz que só veio ver a filha e renega-a como mãe. Catarina começa a asfixiar e o filho vai embora, ignorando-a.
Sobre «Quer o Destino»
QUER O DESTINO é a história de amor e de vingança de uma mulher que, já adulta, regressa ao local onde foi violada e onde virá a ser surpreendida com a sua capacidade de superação e, também, com algumas das mais vis expressões de maldade humana.
A vida de Vitória, uma jovem ribatejana apaixonada por animais e pela arte da falcoaria, dá uma volta de 180 graus no dia em que é violada e assiste ao homicídio do pai. Com receio de ser também morta, e com o desejo de esquecer tudo o que tinha passado, Vitória foge para Lisboa, com a firme decisão de nunca mais pisar a sua terra natal. Como a vida dá muitas voltas, 14 anos depois, Vitória regressa à casa de família dos seus violadores. É enfermeira e fisioterapeuta da mãe desses homens, Catarina, que sofreu um AVC e está em recuperação. Apesar da dureza de carácter, Catarina, a matriarca da família Santa Cruz, deixa-se prender pela simpatia e pela dedicação de Vitória. Fará tudo por ela até ao momento em que percebe que a sua vida pode pôr em risco a vida dos próprios filhos.
Carlos, o capataz da Herdade do Cruzeiro, herdade dos Santa Cruz, namorado de adolescência de Vitória, reconhece-a de imediato, apesar da sua profunda alteração física e psicológica. Depois de saber o que aconteceu 14 anos antes, Carlos põe-se à sua disposição para a descoberta de toda a verdade, com uma única condição: não quer participar em vinganças. No entanto, no decurso da novela, Vitória será constantemente surpreendida com o que é capaz de fazer para vingar a morte do pai e pela forma como uma paixão recente, mas intensa, lhe permite retomar o curso normal da sua vida, de certa forma em suspenso desde a violação.
Esta protagonista, fruto do seu passado, fará muitas coisas criticáveis mas, em boa verdade, será impossível não simpatizar com ela. Apesar do seu percurso sinuoso, consegue vencer os seus medos e os seus inimigos.