Neste episódio
Hortênsia (Rita Lello) entra na loja para pedir explicações a Fernando (Carlos Cunha) sobre o filho dele e quem é a mãe. Ele responde sarcástico que ela está com ciúmes e recusa falar com ela.
Arnaldo (José Pedro Gomes) insiste para que Tília (Ana Bola) abra a carta à sua frente e ela não tem outra hipótese. Lê carta que diz que FCP vai homenageá-la pelos cinquenta anos de sócia. Arnaldo senta-se no sofá, não acreditando na traição.
Rosa (Matilde Breyner) e Jasmim (Eduardo Madeira) entram e Arnaldo (José Pedro Gomes) não deixa Tília (Ana Bola) aproximar-se e vai embora.
Estrelícia (Patrícia Tavares) entra de mau humor e Flor (Carolina Castelinho) quer saber a que horas chega Eduardo (André Nunes), porque ligaram para ele. Estrelícia responde que ele não vem mais, porque o despediu. Flor fica confusa como se pode despedir um patrão. Estrelícia diz que se despede da mesma forma que a despede a ela, se não parar com perguntas.
Íris (Julie Sergeant) atende Dália (Inês Faria) que só quer informação sobre uma pessoa, o que faz Íris reclamar. Dália quer saber se Óscar está e Íris curiosa com o interesse de toda a gente no rapaz.
Arnaldo vem pela rua e esbarra em Fernando. Acaba por lhe contar que foi traído por Tília durante anos. Tavares (Almeno Gonçalves) aproxima-se para entender a conversa entre Arnaldo e Fernando e sugere irem beber um café e junto com Fernando lá conseguem convencer Arnaldo.
Jasmim e Rosa continuam a debater a discussão entre Tília e Arnaldo. Jasmim acha que já não há volta a dar. Rosa acha que aquilo é tudo uma estupidez.
Tília lê a carta de reconhecimento de cinquenta anos de sócia do FCP. Muito emocionada, decide aproveitar aquele momento, tira o cachecol que tem escondido e, abraçada a ele, dança e canta o hino do FCP.
Arnaldo, Fernando e Tavares sentam-se na esplanada. Tavares tenta saber com quem Tília o traiu e Arnaldo responde que sabe com quem foi e eles também o conhecem. Tília traiu-o com Pinto da Costa.
Eduardo tenta entrar de fininho e pedir a Flor que saia. Estrelícia dá pela presença dele e ordena a Flor que se sente porque Eduardo não manda nada ali. Eduardo quer que Flor saia, porque na realidade é tão patrão como Estrelícia. Flor em desespero pede que se decidam, porque já não sabe o que é para fazer.
Pedrosa tenta falar com Hortênsia sobre o que aconteceu entre eles. Ela começa a chorar e diz que vai ter de partir e deixar tudo para trás. Com as obras exigidas pela Câmara o Hostel vai ter de fechar e ela não tem onde ficar. Insinuante e manipuladora, sugere a Pedrosa que mexa os cordelinhos para que parem as obras.
Arnaldo esclarece que Tília o traiu com Pinto da Costa, no sentido de ser adepta do FCP, mas a desilusão é tanta que ele antes preferia que ela andasse mesmo enrolada com Pinto da Costa. Fernando e Tavares tentam desvalorizar que não é o fim do mundo.
Sobre «Rua das Flores»
Tília não impinge o seu trabalho a ninguém, no entanto, todos naquela rua a procuram, embora ninguém o admita. Por vergonha, mas também por ninguém querer acreditar verdadeiramente nas profecias de Tília... que, em boa verdade, acabam sempre por se concretizar. E é justamente no concretizar de uma dessas profecias que começa a nossa história.
Todavia, a Rua das Flores é muito mais que dona Tília. É uma rua também invulgar, por numa das pontas estar a ser construído um prédio, que fará daquela rua uma rua sem saída. E se aquela população já tinha guerras de sobra por cada um dos lados da rua pertencer a freguesias diferentes, agora terão um conflito ainda maior: é que a rua vai passar a ser um beco, derivado a uma construção em que ninguém conhece o dono.
Na Rua das Flores não há dia em que as confusões não sejam mais do que muitas, o que vai piorar quando descobrirem que desapareceu o caderno onde Tília apontava todas as suas previsões. Ou seja, está lançado o pânico da Rua das Flores! É que se o caderno desapareceu, alguém o tem. E esse alguém passará a saber tudo sobre toda a gente. E não existe por ali, quem não tenha segredos a esconder... segredos esses que vão começar a ser espalhados pela Rua, sem revelar de quem são. E todos os habitantes passam a desconfiar uns dos outros.