Neste episódio
São (Sílvia Rizzo) já serviu Cecília (Ana Nave) e adota uma postura de empregada. Cecília reclama das torradas e chá que São lhe preparou. São diz-lhe que tem bom remédio e Cecília faz chantagem com as fotos antigas dela em Paris. Fernando (Manuel Marques) chega a casa e apercebe-se do ambiente tenso. Fernando chama São à parte e diz que precisa de falar com ela.
Fernando finge que recebe a notícia de que ganharam a lotaria e festeja com São. Ela fica tão feliz que até tem vontade de fazer ronhonhó. Cecília chama São, mas ela diz que agora não pode.
Cassiano (Fernando Ferrão) tenta rebater o que Peixoto (Vítor Emanuel) disse sobre ele e justifica-se com a conjuntura socioeconómica, mas Peixoto não vai na conversa, pois sabe muito bem como o irmão trabalha, dado que é semelhante à sua própria forma de trabalhar. Por isso acha que está na altura de reverem a sua forma de atuar. Cassiano fica pensativo.
Florinda (Ana Brito e Cunha) desabafa com Bino (Pedro Alves) sobre as angústias em relação ao Padre (Carlos M. Cunha), mas ele não lhe dá grande atenção porque está mais preocupado com o telemóvel. Florinda pergunta-lhe se está à espera de alguma chamada e ele diz que não, mas nisto o telefone toca e ele atende. É Tomé que lhe diz que ganharam a lotaria, tal como combinaram. Bino conta a Florinda e festeja com ela.
Florinda está a tentar assimilar o que Bino lhe conta. Ele explica que fizeram uma sociedade de jogo e ganharam o jackopt. Florinda até se sente mal com a possibilidade de ter ficado rica e não sabe o que fazer. Albino diz-lhe que pode deixar de trabalhar e podem tirar umas férias antes da filha nascer. Albino sugere irem ao Carnaval do Rio. Florinda está sem palavras.
Josefa (Rita Salema) aproxima-se de Jaime (Miguel Partidário) e diz que precisa de falar com ele sobre um assunto importante. Jaime pergunta se já a pode tratar por mãe, mas Josefa lembra que tinham combinado esperar mais um tempo. Josefa quer saber como está a questão da herança e oferece-se para ajudar a gerir a mesma.
Aida conta à filha que vão ao Brasil, mas Elisabete (Ana Marta Contente) acha aquilo muito estranho. Tomé só pede a Aida para falar mais baixo porque ninguém precisa de saber que ganharam um prémio. Elisabete está cada vez mais confusa e quer que lhe expliquem aquela história bem explicada. Tomé começa a ver a sua vida a andar para trás.
Sobre «Festa é festa»
«Festa é Festa» conta a história de uma aldeia, que este ano prepara a maior e melhor festa da aldeia de sempre. Isto porque é o ano em que a maior benemérita/mecenas (D. Corcovada) dessa mesma aldeia cumpre o seu centenário.
Todos querem fazer um brilharete neste festejo, com vista à herança da idosa, não se poupando a esforços (tal como fazem há mais de vinte anos, mas a idosa não há maneira de se finar...), nomeadamente Albino, o figurão da aldeia, que é, nada mais, nada menos, que o Presidente da Junta. Presidente esse que é também o Presidente da Comissão de Festas. E o Presidente da Casa do Povo. E do Clube de Hóquei em Patins. E coveiro. E tudo, basicamente. Um pavão, que se acha o Marcelo da Aldeia.
Assim, a festa que, supostamente, seria um motivo de concórdia entre toda a população, vai ser tudo menos isso, começando pela sua organização. Isto porque Tomé (dono do café da aldeia e o “Correio da Manhã” de serviço no que toca a coscuvilhices), o grande rival de Albino desde sempre, vai disputar com ele a presidência da comissão de festas, visto o ano passado competir-lhe a ele, mas a festa não se ter realizado por causa da pandemia. Só que Albino jamais lhe dará essa missão num ano tão simbólico, que pode ser o último de Corcovada. Mas, também, porque cedo recebem na aldeia a notícia de que a TVI vai transmitir a festa em direto. E é aqui que toda a aldeia vai querer dar o seu melhor, defendendo cada um dos intervenientes os seus interesses, mesmo que isso colida de frente com os dos outros.
Também com vista na herança da idosa, em Lisboa, o neto falido da mesma (um “tio” lisboeta, meio pedante) tem o plano de enviar a sua filha (bisneta da idosa) para a aldeia, no sentido de conquistar e construir uma relação com a idosa, mas com a desculpa da filha ir “curar-se” de um enorme desgosto amoroso que acabou de ter, visto o namorado tê-la trocado pela sua melhor amiga.
E eis que, quando uma jovem lisboeta, altamente cosmopolita e tecnológica... e queque, cai contrariada naquilo que considera um fim-de-mundo, nomeadamente por não ter shoppings, lifestyle e 4G só de vez em quando...
Tem tudo para correr mal, não fosse a meio do processo encantar-se por um jovem aldeão, que pouco ou nada conhece fora daquela aldeia. Ou seja, duas pessoas de dois mundos completamente diferentes e antagónicos. Este jovem é filho de Albino, mas a antítese do pai. É um rapaz simplório, acólito, trabalhador, mas com uma falta de jeito (e experiência) gritante com as mulheres. Todavia, irá desde cedo sentir o seu coração a palpitar por Ana Carolina.
Contudo, a chegada de uma família de emigrantes “filhos da terra”, vai agitar, não só a aldeia, como também o coração destes dois jovens, já que dessa família fazem parte os jovens irmãos gémeos, falsos, Louis e Vuitton, um rapaz e uma rapariga que irão despertar paixões em Ana Carolina e Carlos, respetivamente, criando dois triângulos amorosos tão surpreendentes, como inesperados.
Inesperados serão também os acontecimentos que se sucederão nesta aldeia, cujos habitantes teimam em fazer de cada dia uma “aventura” diferente, com peripécias e conflitos, que parecem não ter fim.
De forma humorada, pretende-se com Festa é Festa fazer um retrato do Portugal real, das raízes e cultura do seu povo, ficcionando temas do dia-a-dia da vida das pessoas, num universo tão português, como é a aldeia e o seu evento maior: a festa.
E é assim, que esta aldeia tão portuguesa verá retratada, de uma forma totalmente abrangente e transversal, todos os temas das sociedades atuais, personalizado em pessoas que “se não existissem, tinham de ser inventadas”.
Foi o caso...
Elenco: Maria do Céu Guerra, Pedro Teixeira, Ana Guiomar, Pedro Alves, Ana Brito e Cunha, Sílvia Rizzo, Maria Rueff, Manuel Marques, Inês Herédia, Aldo Lima, Carlos M. Cunha e muitos mais.
Produção
Ana Antunes
Realização
António Borges Correia
Nuno Franco
Rodrigo Duvens Pinto
Pedro Brandão
Cenografia
Catarina Amaro
Produção Musical
António Lopes
Sonoplastia
Luís Mendes
Direção de Produção
Pedro Miranda
Consultoria Geral
José Eduardo Moniz
Direção Artística
Hugo de Sousa
Direção de Conteúdos e Produção
Gabriela Sobral
Direção de Entretenimento e Ficção TVI
João Patrício, Lurdes Guerreiro, André Manso
Diretora de Entretenimento e Ficção TVI
Cristina Ferreira
Diretor Geral TVI
Hugo Andrade
Uma Produção Plural para a TVI