Neste episódio
Tília está a prepara um chá quando Marcolino entra sem ela dar conta e a assusta-se. Ela pergunta se há desenvolvimentos do caderno e ele responde que não. Fica surpreso quando ela percebe que ele quer falar. Marcolino pede a Tília que lhe lance as cartas.
A sangria já está servida, mas é péssima. Tentam ensinar Rosa que aquilo que acontece nos jantares de mulheres fica nos jantares de mulheres, uma vez que já houve até pancada num deles. Dália pica Estrelícia e esta desafia as mulheres a uma classificação de cada uma da rua. Todas querem beber apesar do péssimo que está a sangria.
Tília e Marcolino conversam. Ela pede-lhe que descontraia, mas ele sente-se demasiado intimidado, porque está ali por ele e não por trabalho. A custo, diz a Tília que está ali por assuntos do coração, ao nível do amor. Tília como sempre, já sabia do que se tratava.
Tília impacienta-se com Marcolino que não fala sobre o seu problema de coração. Ele lá desembucha que se sente sozinho, que nada resultou até hoje e que gostava de ter uma família. Apesar de poder parecer antiquado, é um sonho antigo dele. Tília responde que as coisas que parecem antiquadas também têm valor e começa a deitar-lhe as cartas.
Sergei já começou a arrumar a churrasqueira, enquanto Futre se despede e vai embora. Constantino acha que já deve ser hora das mulheres terem voltado do jantar. Sergei diz-lhe que ligue a Íris mas Constantino não quere parecer ansioso. Sergei responde que se bem as conhece ainda estão por aí a gastar dinheiro. Pelo menos Violeta que é o que ela gosta de fazer.
Tília está concentrada nas cartas que deita a Marcolino. Este fica preocupado com a forma séria como ela olha as cartas. Tília diz que está tudo bem, mas que de facto o Universo é cheio de mistérios. Marcolino sem perceber.
Violeta e Frésia prontas para irem embora, se não param com a ideia de atribuir os segredos a alguém. Empregado traz mais sangria e os papeis que Estrelícia agora rasga. A sangria já vai fazendo efeito e as mulheres tomam agora conta do restaurante, numa virada que demonstra a bebedeira que para ali já vai.
Jasmim muito atarantado a prepara o pequeno-almoço quando chega Marcolino e pergunta o que se está ali a passar. Ambos concordam que aquilo é um pequeno-almoço para um batalhão de gente.
Sergei acorda e mexe-se na cama de propósito para acordar Violeta. Pergunta se o jantar de ontem foi bom. Ela, ainda meio a dormir, responde que foi péssimo. Tão mau que teve de se embebedar.
Jasmim continua atrapalhado com o pequeno-almoço e Marcolino oferece-se para o ajudar. Jasmim responde, sem querer, que quer fazer tudo sozinho para que Rosa se orgulhe dele. Mas disfarça que é porque fizeram uma aposta. Marcolino triste e desconfiado.
Sergei fulo, acorda Violeta para lhe dar uma bronca por ser uma mulher casada que chega a casa tarde e bêbada. Ela passa-se e diz que o maior bebedor de vodka da cidade não devia ter moral nenhuma para falar do que ela bebe ou não. E sai irritada para a casa de banho.
Íris, com uma enorme ressaca, atende um Hospede muito irritado que lhe pede o livro de reclamações, respondendo-lhe muito mal a todos os problemas que ele lhe apresenta. Hospede não percebe como podem ter um serviço tão mau. Exige o livro de reclamações. Íris sem paciência nenhuma.
Estrelícia tenta ler o jornal, mas com a ressaca que tem não aguenta as notícias. Chega Eduardo que a provoca sobre a noite, que deve ter sido dura. Ela muito irritada com as provocações dele, mas Eduardo não se deixa ficar com a forma com ela o trata. Sai e deixa Estrelícia a mandar vir sozinha.
Sobre «Rua das Flores»
Tília não impinge o seu trabalho a ninguém, no entanto, todos naquela rua a procuram, embora ninguém o admita. Por vergonha, mas também por ninguém querer acreditar verdadeiramente nas profecias de Tília... que, em boa verdade, acabam sempre por se concretizar. E é justamente no concretizar de uma dessas profecias que começa a nossa história.
Todavia, a Rua das Flores é muito mais que dona Tília. É uma rua também invulgar, por numa das pontas estar a ser construído um prédio, que fará daquela rua uma rua sem saída. E se aquela população já tinha guerras de sobra por cada um dos lados da rua pertencer a freguesias diferentes, agora terão um conflito ainda maior: é que a rua vai passar a ser um beco, derivado a uma construção em que ninguém conhece o dono.
Na Rua das Flores não há dia em que as confusões não sejam mais do que muitas, o que vai piorar quando descobrirem que desapareceu o caderno onde Tília apontava todas as suas previsões. Ou seja, está lançado o pânico da Rua das Flores! É que se o caderno desapareceu, alguém o tem. E esse alguém passará a saber tudo sobre toda a gente. E não existe por ali, quem não tenha segredos a esconder... segredos esses que vão começar a ser espalhados pela Rua, sem revelar de quem são. E todos os habitantes passam a desconfiar uns dos outros.