Neste episódio
No cabeleireiro, Magnólia tenta saber como é que Violeta nunca desconfiou do marido. Esta chora e pensa que antes tivesse desconfiado para não viver uma mentira.
Marcolino com o leitor e as cassetes VHS, garante a Tília que está a dar o seu melhor por encontrar o caderno, mas precisa de um sítio onde ninguém entre para ver as cassetes.
Estrelícia chega à loja e Eduardo reclama de ela só chegar agora. Estrelícia vem com dois Polícias e aponta para Eduardo, acusando-o de ser o ladrão, de quem todos andam à procura. Eduardo tenta argumentar que Liz está doida, mas ela não se deixa abater. Tenta recorrer a Flor, que está confusa. Os polícias tentam prender Eduardo, mas ele oferece resistência.
Magnólia tenta acalmar Violeta, dizendo que aquilo até pode ter sido bom, porque assim pode conhecer a família do pai. A mãe recusa prontamente e proíbe-a de falar daquilo seja a quem for.
Marcolino, na salinha de Tília, tenta pôr leitor de VHS a funcionar. Insere a cassete e fica a ver imagens meio desfocadas e com riscos. Sabe que é desta que fica a saber quem lhe bateu e quem esconde os segredos.
Eduardo continua a defender que não tem o dinheiro e que Liz está louca. Sai do prédio da loja, acompanhado pelos polícias e baixa a cabeça de vergonha, ao passar por Sergei, Angélica, Íris, Fernando, Constantino e outros moradores.
Rosa chama Tília, porque o mundo está a acabar e ela sabe coisas. Íris acha que Eduardo tem uma identidade falsa e Constantino que ele foi acompanhante. Fernando não concorda com os rumores. Íris sai para ir ver de Liz.
Rosa já contou a bomba a Tília, sobre Sergei. Tília manda-a calar e proibi-a de falar daquilo. Rosa começa a perceber que Tília sempre soube de tudo.
Flor com pena de Eduardo, tenta defendê-lo. Estrelícia pede-lhe que não fale do que não sabe e explode que Eduardo é um ladrão e que merece ir para a prisão. Íris entra nesse momento e fica em choque ao perceber que ela não está preocupada. Flor, muito atarantada, pede a Íris que não lhe pergunte nada, porque ela seria incapaz de contar a quem seja que viu a patroa a acusar o marido de ladrão e mandá-lo preso.
Frésia, André e Jasmim comentam o rebuliço que vai ali na rua e os clientes estarem todos a comentar a prisão de Eduardo. Frésia acha que ele parece tão certinho e Jasmim comenta que às vezes os certinhos são os piores.
Margarida e Magnólia fazem compras. Magnólia desabafa que ainda não está bem por ter descoberto a verdade do pai. Conta que a proibiram de falar do assunto.
Tavares entra na pastelaria a perguntar o que aconteceu e se deu alguma coisa a Tília. Frésia diz que foi Eduardo que foi preso e Jasmim acha que ele pode ter distribuído os flyers. Tavares pondera se ele será o ladrão da rua. Frésia em choque com a possibilidade.
Violeta tenta argumentar que Liz se possa ter precipitado em chamar a polícia, porque Eduardo ainda é marido dela, mas ela diz que sabe de fonte segura que tem razão. Estrelícia tenta desviar o assunto, mas Violeta nem lhe dá hipótese. Liz acaba por confessar que foi Tília quem lhe confirmou tudo.
Sobre «Rua das Flores»
Tília não impinge o seu trabalho a ninguém, no entanto, todos naquela rua a procuram, embora ninguém o admita. Por vergonha, mas também por ninguém querer acreditar verdadeiramente nas profecias de Tília... que, em boa verdade, acabam sempre por se concretizar. E é justamente no concretizar de uma dessas profecias que começa a nossa história.
Todavia, a Rua das Flores é muito mais que dona Tília. É uma rua também invulgar, por numa das pontas estar a ser construído um prédio, que fará daquela rua uma rua sem saída. E se aquela população já tinha guerras de sobra por cada um dos lados da rua pertencer a freguesias diferentes, agora terão um conflito ainda maior: é que a rua vai passar a ser um beco, derivado a uma construção em que ninguém conhece o dono.
Na Rua das Flores não há dia em que as confusões não sejam mais do que muitas, o que vai piorar quando descobrirem que desapareceu o caderno onde Tília apontava todas as suas previsões. Ou seja, está lançado o pânico da Rua das Flores! É que se o caderno desapareceu, alguém o tem. E esse alguém passará a saber tudo sobre toda a gente. E não existe por ali, quem não tenha segredos a esconder... segredos esses que vão começar a ser espalhados pela Rua, sem revelar de quem são. E todos os habitantes passam a desconfiar uns dos outros.