Neste episódio
Sergei, em sotaque português, pede que se sentem para explicar. Violeta sem perceber nada e quase se sente mal. Magnólia percebe que ela não sabia de nada.
Tília tem o baralho de cartas e liga a Marcolino. Pede que passe lá em casa amanhã bem cedo. O assunto é urgente. Quando desliga o baralho cai ao chão e cartas espalham-se.
Sergei a custo conta que é de Mirando do Douro e que foi criado por um casal muito rico, cuja filha estava prometida a alguém. Só que os dois se apaixonaram e o pai dela o ameaçou de morte e acabou por ter de fugir.
Tavares acaba de jantar e Frésia aproxima-se, mas ele levanta-se e vai embora. Angélica traz a conta a Frésia e diz-lhe que Futre não pagou e que Tavares disse que era ela que pagava.
Violeta tenta saber de onde vem o lado sérvio de Sergei e ele conta que ao fugir para lisboa, passado um tempo percebeu que não estava a salvo. Trabalhava com sérvios que lhe arranjaram documentação falsa e assim tornou-se Sergei, mas na verdade, o seu nome é Bento.
Frésia desabafa com Angélica que a culpa disto tudo é da Cinderela. Das histórias de contos de fadas que lhes fazem acreditar em príncipes encantados e depois a realidade é bem diferente.
Violeta chora ao pensar que toda a sua vida com Sergei é uma mentira. Ele garante-lhe que não, pois viveu mais tempo como Sergei que como Bento e que é muito mais feliz agora.
No dia seguinte, Tília pressiona Marcolino, para que este encontre o caderno. Ele defende que não é fácil, mas ela insiste que ele precisa de fazer milagres. Marcolino acaba por confessar que tem um plano e que o vai levar a descobrir muita coisa.
Iris e Constantino discutem a conversa com Estrelícia sobre Eduardo poder ter roubado dinheiro.
Angélica conversa com Flora enquanto a vê dobrar toalhas e pergunta-lhe por novidades. Ela, nervosa, diz logo que de mexericos ali da rua não sabe nada. Angélica topa-a logo e diz que ela só fica assim quando está a guardar algum segredo.
Tília da sua varanda vê Marcolino a falar com o dono da obra do prédio ao fundo da rua. Ele conversa sobre câmara de vigilância que têm na obra e de ser proibido gravar imagens da rua. Propõe não fazer uma denúncia em troca das imagens da câmara.
Angélica está em choque por saber que Sergei não é Sergei. Questiona-se o que irá fazer agora. Flora não sabe mais o que dizer e quer mudar de assunto, quando chega Magnólia a pedir as toalhas do salão e ficam as duas sem reação.
Arnaldo acusou Rosa de o usar em troca do plano da namorada e ela ofende-se. Relembram cúmplices que Tília andava mesmo roidínha de ciúmes.
Sobre «Rua das Flores»
Tília não impinge o seu trabalho a ninguém, no entanto, todos naquela rua a procuram, embora ninguém o admita. Por vergonha, mas também por ninguém querer acreditar verdadeiramente nas profecias de Tília... que, em boa verdade, acabam sempre por se concretizar. E é justamente no concretizar de uma dessas profecias que começa a nossa história.
Todavia, a Rua das Flores é muito mais que dona Tília. É uma rua também invulgar, por numa das pontas estar a ser construído um prédio, que fará daquela rua uma rua sem saída. E se aquela população já tinha guerras de sobra por cada um dos lados da rua pertencer a freguesias diferentes, agora terão um conflito ainda maior: é que a rua vai passar a ser um beco, derivado a uma construção em que ninguém conhece o dono.
Na Rua das Flores não há dia em que as confusões não sejam mais do que muitas, o que vai piorar quando descobrirem que desapareceu o caderno onde Tília apontava todas as suas previsões. Ou seja, está lançado o pânico da Rua das Flores! É que se o caderno desapareceu, alguém o tem. E esse alguém passará a saber tudo sobre toda a gente. E não existe por ali, quem não tenha segredos a esconder... segredos esses que vão começar a ser espalhados pela Rua, sem revelar de quem são. E todos os habitantes passam a desconfiar uns dos outros.