Neste episódio
Durante a tarde, todos ajudam a grelhar os frangos, menos Tavares que reclama de Tília estar à frente da organização. Sergei quer pôr Futre a pincelar os frangos e Íris a cortá-los. Estrelícia e Frésia defendem Tília e Tavares vai embora amuado.
Frésia está muito entusiasmada de estar tudo a correr bem. Violeta estranha aquele entusiasmo, acha que Frésia deu o berro. Arnaldo e Violeta explicam a Jasmim que o estranho é Frésia estar entusiasmada por assar frangos. Frésia acha que eles deviam trabalhar mais para conseguirem o recorde e defende que a luta de um é a luta de todos.
Pedrosa exige licenças a Sergei e este sem saber o que dizer. Estrelícia sai em defesa de Sergei e acusa Pedrosa de só se preocupar quando lhe convém.
Os últimos frangos assam na grelha e Sergei muito emocionado porque com eles bate o recorde. Arnaldo ainda a reclamar e Tília manda-o calar, porque aquele é um momento solene. Todos se preparam para fazer um brinde. Tília acha que não se brinda antes da festa, mas cede. Futre contou os frangos e está seguro de terem batido o recorde.
Tavares pergunta pelo inspetor do Guinness e Sergei desata a chorar. Tília continua a brindar à vida e ao sucesso da rua e da sua gente.
Violeta insiste para que Sergei se levante, mas ele ficou deprimido por não ter ganho o Guinness e recusa-se a algum dia voltar a sair da cama.
Dália ouve Flora, que se queixa de ter chegado do churrasco de Sergei cheia de fome. Insiste que quer a roupa dela e Flora acha-a insensível.
Constantino obcecado que tudo cheira a fumo. Íris a matutar que eles precisam de andar com as coisas e não ficar tão dependentes de Pedrosa. Ele acha que ela é um génio, mas a ideia da cartomancia ali no hostel não é bom.
Tília quer tomar o pequeno-almoço em paz, mas Rosa questiona o que Sergei vai fazer aos frangos do churrasco que não ganhou o Guinness. Violeta insiste com Sergei, que continua sem querer sair da cama porque acha tudo um sinal de que nem vale a pena ele tentar. Violeta lembra-lhe dos frangos todos de ontem que tem por vender, se não vai ser um prejuízo ainda maior. Sergei levanta-se rápido achando que ela tem razão.
Tília, muito farta da conversa dos frangos, sugere que Rosa encomende dois para o almoço. Rosa nega-se a negociar o preço por os frangos serem de ontem.
Íris toca à campainha. Íris quer uma consulta e Tília manda-a para a sua salinha. Antes de sair também, Tília manda Rosa encomendar os dois frangos. Íris com vergonha de dizer ao que veio, começa por dizer que precisa de saber o que as cartas lhe dizem de um novo caminho futuro, enquanto vai perguntando a Tília dos seus rituais de leitura. Quer saber sobre algum chamamento e se dará dinheiro. Tília pede-lhe que diga de uma vez o que quer sem medos.
Sobre «Rua das Flores»
Tília não impinge o seu trabalho a ninguém, no entanto, todos naquela rua a procuram, embora ninguém o admita. Por vergonha, mas também por ninguém querer acreditar verdadeiramente nas profecias de Tília... que, em boa verdade, acabam sempre por se concretizar. E é justamente no concretizar de uma dessas profecias que começa a nossa história.
Todavia, a Rua das Flores é muito mais que dona Tília. É uma rua também invulgar, por numa das pontas estar a ser construído um prédio, que fará daquela rua uma rua sem saída. E se aquela população já tinha guerras de sobra por cada um dos lados da rua pertencer a freguesias diferentes, agora terão um conflito ainda maior: é que a rua vai passar a ser um beco, derivado a uma construção em que ninguém conhece o dono.
Na Rua das Flores não há dia em que as confusões não sejam mais do que muitas, o que vai piorar quando descobrirem que desapareceu o caderno onde Tília apontava todas as suas previsões. Ou seja, está lançado o pânico da Rua das Flores! É que se o caderno desapareceu, alguém o tem. E esse alguém passará a saber tudo sobre toda a gente. E não existe por ali, quem não tenha segredos a esconder... segredos esses que vão começar a ser espalhados pela Rua, sem revelar de quem são. E todos os habitantes passam a desconfiar uns dos outros.