Neste episódio
Frésia passada porque Tavares só pensa em rendas e dinheiro e acusa-o de estar arruinado e de a ter deixado pendurada no jantar e ter sido ela a pagar a conta.
Violeta está chocada e não entende como é que Liz, que sempre se recusou a ir a consultas de tarot, agora acusa Eduardo, com base em profecias e espíritos.
No dia seguinte, Frésia entra na loja de eletrodomésticos e Fernando diz que precisa de falar sobre um assunto pessoal dela, que é meio delicado.
Sergei e Violeta conversam. Ela diz que agora lhe faz confusão ouvir o sotaque dele e que tem medo que o venham buscar, tal como fizeram a Eduardo.
Rosa e Jasmim falam da prisão de Eduardo e se ele será mesmo culpado. Ela acha que quem anda a distribuir panfletos é mesquinho ou maldoso, mas Jasmim defende que o pode fazer por justiça. Rosa percebe que ele tem suspeitas.
Fernando diz a Frésia que sabe que ela foi acompanhante de luxo. Esta tenta negar, ofendida, mas Fernando consegue acalmá-la, dizendo que não a julga.
Marcolino a não conseguir lutar contra o sono, quando se apercebe de algo e desperta. Vê nas imagens Jasmim a distribuir os panfletos. Fica perplexo.
Frésia acha que tem a vida arruinada e quando se souber ela vai ter de fechar a pastelaria. Fernando tenta dar-lhe ânimo pois todos têm um passado.
No Hostel, Íris acha muito estranho Eduardo ter sido preso porque ele tem muito ar de panhonha. Hortênsia acha que esses são os piores, porque teve um ex-marido na Venezuela que era assim.
Fernando acha que Frésia terá uma longa batalha pela frente, mas garante-lhe que pode contar com ele. Ela agradece a amizade e discrição.
Estrelícia desliga a chamada do advogado e acha que fez um grande disparate. Chega porque Dália que diz precisar de falar sobre algo que nunca seria agradável, mas lamenta ter de ser agora.
Íris e Constantino impressionados com história de ex-marido de Hortência que enterrava cadáveres no jardim. Constantino recusa pensar que Eduardo é uma pessoa assim. Íris acha que alguma coisa ele tem de ter feito.
Estrelícia arrepende-se de ter prendido o marido mas Dália responde que Eduardo não é inocente.
Rosa está a dramatizar na sala, desabafando sozinha a forma como é tratada lá em casa. Chega Marcolino e pergunta impaciente por Jasmim. Entra na cozinha e vê Tília com Jasmim. O próprio agradece ele ter aparecido porque estava a levar bronca por defender Rosa. Tília não deixa de provocar Marcolino, desconfiada da forma como ele entrou ali.
Dália conta a Liz que Eduardo tem dívidas a agiotas e que a traiu com Flor. Liz desesperada atira coisas ao chão. Dália finge tentar acalmá-la, mas a disfrutar do sucesso da sua vingança.
Marcolino, a sós com Jasmim tenta intimidá-lo que já sabe a verdade. Diz-lhe que Tília não vai gostar de saber que foi Jasmim quem roubou o caderno e ele pode não contar, se Jasmim o devolver. Jasmim fica sem reação.
Sobre «Rua das Flores»
Tília não impinge o seu trabalho a ninguém, no entanto, todos naquela rua a procuram, embora ninguém o admita. Por vergonha, mas também por ninguém querer acreditar verdadeiramente nas profecias de Tília... que, em boa verdade, acabam sempre por se concretizar. E é justamente no concretizar de uma dessas profecias que começa a nossa história.
Todavia, a Rua das Flores é muito mais que dona Tília. É uma rua também invulgar, por numa das pontas estar a ser construído um prédio, que fará daquela rua uma rua sem saída. E se aquela população já tinha guerras de sobra por cada um dos lados da rua pertencer a freguesias diferentes, agora terão um conflito ainda maior: é que a rua vai passar a ser um beco, derivado a uma construção em que ninguém conhece o dono.
Na Rua das Flores não há dia em que as confusões não sejam mais do que muitas, o que vai piorar quando descobrirem que desapareceu o caderno onde Tília apontava todas as suas previsões. Ou seja, está lançado o pânico da Rua das Flores! É que se o caderno desapareceu, alguém o tem. E esse alguém passará a saber tudo sobre toda a gente. E não existe por ali, quem não tenha segredos a esconder... segredos esses que vão começar a ser espalhados pela Rua, sem revelar de quem são. E todos os habitantes passam a desconfiar uns dos outros.