Neste episódio
Futre chega à pastelaria, já André vai preparando as mesas. Frésia não está muito entusiasmada e acha que vai ser mais uma noite igual, com as mesmas pessoas, a consumirem o mesmo. Futre continua animado e acha o mau humor dela um charme.
Estrelícia desabafa a lata que Eduardo ainda tem de lhe vir pedir um advogado e continua a beber. Fernando convida Armanda a ir à noite de bingo, mas ela não tem grande vontade. Ele insiste que ela trabalha rápido e ela acaba por sorrir.
Margarida e Magnólia falam de Fábio, quando chega Flora para a melhor noite de todas, mas elas não vão ao Bingo. Flora fica muito indignada que aquilo é pecado.
Rosa e Tília acabam de preparar a sala para a convenção do dia seguinte. Tocam à campainha e César entra a suar a pedir uma consulta.
Magnólia e Margarida ripostam que ela grita sempre bingo sem ter sequer linha e não percebe nada do jogo. Flora aposta que vai ganhar tudo e que é quase mestre em bingo.
Tília deita as cartas a César, que se queixa de não ter sucesso com as mulheres. Ela acha que ele deve mudar a abordagem dele.
Íris e Constantino tentam seguir a estratégia dela para ganhar, mas ele não percebe nada do esquema. Chegam Arnaldo e Jasmim que avisam que amanhã há convenção de cartomantes, daí Tília não vir.
Rosa está a morrer de curiosidade, mas sabe que não pode ouvir atrás das portas. Não resiste e vai para a porta da sala de consultas. Mesmo com medo de ser apanhada.
Fábio entra e fala com Frésia que tenta ver a novela mesmo com a pastelaria cheia de gente. Pergunta por César mas ela não o viu e dispensa mais um maluco. Vai falar com André e Futre mas continua intrigado onde César andará.
Futre prepara-se para dar início ao jogo. Flora confirma que só se grita quando se tem os números todos. Arnaldo quer avançar com o jogo. Frésia também os apressa para ainda conseguir ver a última novela. Tiram o número dez e Flora berra bingo e todos reclamam com ela.
Amanhece na Rua das Flores, onde vemos algumas pessoas vestidas de forma esotérica. Sergei acha uma calamidade a rua estar cheia de gente estranha. Violeta desvaloriza que é só a convenção de Tília e a rua já está bem aviada de segredos de qualquer forma. Começa a achar divertido quando percebe que Sergei tem medo de bruxos e videntes.
Jasmim vem maldisposto porque acordou com o barulho das obras no quarto de Tília. Arnaldo esclarece que não há obras nenhumas, mas é na verdade a convenção.
Violeta tenta acalmar Sergei que disfarça não ter medo de nada, apenas queria poder ir trabalhar. Ela defende que com mais gente na rua, ela vai ter mais clientela e que os videntes são inofensivos.
Estrelícia, Íris e Constantino discutem a convenção. Íris tem curiosidade e gostava de lá ir, mas Estrelícia mente que não acredita nessas coisas.
Arnaldo e Jasmim discutem futebol, quando entra Tília vestida de forma mais esotérica, como cartomante, e eles ficam sem saber o que dizer. Estranham, mas ela reage com naturalidade que está vestida normalmente.
Sobre «Rua das Flores»
Tília não impinge o seu trabalho a ninguém, no entanto, todos naquela rua a procuram, embora ninguém o admita. Por vergonha, mas também por ninguém querer acreditar verdadeiramente nas profecias de Tília... que, em boa verdade, acabam sempre por se concretizar. E é justamente no concretizar de uma dessas profecias que começa a nossa história.
Todavia, a Rua das Flores é muito mais que dona Tília. É uma rua também invulgar, por numa das pontas estar a ser construído um prédio, que fará daquela rua uma rua sem saída. E se aquela população já tinha guerras de sobra por cada um dos lados da rua pertencer a freguesias diferentes, agora terão um conflito ainda maior: é que a rua vai passar a ser um beco, derivado a uma construção em que ninguém conhece o dono.
Na Rua das Flores não há dia em que as confusões não sejam mais do que muitas, o que vai piorar quando descobrirem que desapareceu o caderno onde Tília apontava todas as suas previsões. Ou seja, está lançado o pânico da Rua das Flores! É que se o caderno desapareceu, alguém o tem. E esse alguém passará a saber tudo sobre toda a gente. E não existe por ali, quem não tenha segredos a esconder... segredos esses que vão começar a ser espalhados pela Rua, sem revelar de quem são. E todos os habitantes passam a desconfiar uns dos outros.